MARCAS DO MINISTÉRIO DE JESUS
Mc 1:29-39
Mt 8:14-17
Lc 38-44
Estaremos durante este estudo, dando continuidade aquilo que chamamos na lição passada das 24 horas do ministério de Jesus em Cafarnaum. Nos versos de hoje, Jesus sai da sinagoga e vai para a casa da sogra de Pedro e posteriormente para as demais regiões da Galiléia, onde dá prosseguimento ao seu ministério.
Observe que o ministério de Jesus tem como marca a: Comunhão com o Pai e a compaixão pelos necessitados.
COMUNHÃO COM O PAI
Jesus em nenhum momento do seu ministério abriu mão dessa comunhão, aliás todos os heróis da fé, foram homens que tinham um profundo relacionamento, intimidade com o Pai.
• Salmo 5:3;
• Isaías 50:4
• João 6:15
• Lucas 9:28
• Salmo 42:01
• Salmo 84:1-5
E o mais gostoso disso é saber que Deus ama esse tipo de crente, gente que investe tempo em estar em sua presença. Na verdade ele não somente ama, mas convida a todos aos que tenham sede a ir até Ele!
• Isaías 55:01
• Apocalipse 22:17
“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas...”
Isaías 55:01
Será que poderíamos dizer que você é um crente que tem sede de Deus? Se fizéssemos um levantamento do seu dia, chegaríamos a conclusão que sua vida é a de alguém que deseja a presença de Deus? E se olhássemos seu extrato bancário, chegaríamos a conclusão que suas finanças refletem essa prioridade que você dá as coisas de Deus?
Não se engane irmão, onde estiver o vosso tesouro, ali estará o vosso coração!!
Um dos homens que tem me desafiado com sua paixão e sua sede da presença de Deus é o pastor Jorge Muller, esse pastor era casado, tinha filhos, igreja e dirigia um grande orfanato através da oração. Sua biografia conta que ele leu sua bíblia mais de cem vezes e muitas delas de joelhos, pois acreditava que desta forma estava demonstrando o quanto amava a Deus e a sua Palavra. Além disso, alguém após encontrar seu diário de oração e ler todos os registros ali feitos e das orações que foram respondidas, escreveu o livro “50.000 orações respondidas”, mostrando que além de ser alguém que tinha fome da Palavra, tinha uma vida de intimidade através da oração.
A oração na vida de Jesus era prioridade, Ele orou:
• Quando foi batizado – Luc.3:21
• Antes de escolher os 12 apóstolos – Luc.6:12
• Quando as multidões o procuravam atrás de milagres – Lc.5:15-17
• Antes de fazer importantes perguntas aos discípulos – Lc.9:18
• Antes de ir para cruz, no Monte da Transfiguração – Lc.9:28
• Antes de ensiná-los a orar – Lc.11:1
• No túmulo de Lázaro – Jo.11:41,42
• Por Pedro antes deste o negar – Lc.22:32
• Durante a instituição da Ceia – Jo.14:16; 17:1-24
• No Getsêmani – Mc.14:32-39
• Na Cruz – Lc.23:34
• Após a Ressurreição – Lc.24:30
• E está orando agora por nós – Rom.8:34; Heb.7:25
Entenda, Jesus passou o dia inteiro, 24 horas, em intensa atividade:
• Primeiro esteve ensinando e expulsando demônios em uma sinagoga Mc.1:21-28;
• Depois foi para a casa de Pedro, onde curou a sogra deste Mc.1:29-31;
• Mais tarde v.32, a tardezinha, trouxeram a Ele todos os enfermos e endemoninhados Mc.1:32-34;
• No dia seguinte, para completar as 24 horas, Ele se levanta pela madrugada para orar Mc.1:35, e sai para ensinar e expelir demônios.
Não se engane, Jesus não possuía uma força sobrenatural que o possibilitava viver desta forma, o que Ele tinha era fome, convicção e certeza.
Temo que o problema de nossa geração seja a falta de uma genuína conversão, que mude nossa forma de pensar, sentir e agir. É constrangedor os diversos tipos de desculpas que damos para não nos comprometermos com a obra e não fazermos de Jesus realmente o Senhor de nossa vida.
Uma belíssima figura de quem nós somos e do que representa seguir Jesus, está em Êxodo 21:1-6, onde diz que o escravo hebreu após seis anos servindo ao seu senhor, poderia sair forro (ser liberto) no sétimo ano. Mas se o escravo dissesse “Eu amo meu senhor e quero continuar como seu escravo”, ele deveria ir a frente das autoridades do povo e diante delas teria sua orelha furada como marca de que ele a partir de agora era um escravo por amor ao seu senhor e a sua família. Esse escravo somos nós, éramos escravos do pecado, mas Jesus nos livrou e declaramos amor eterno a Ele, a partir daí somos selados (II Cor.1:21,22) de maneira definitiva com um Batismo do Espírito e seria apropriado para nós sermos chamados de O ESCRAVO DA ORELHA FURADA.
Se você a muito não tem tido este tipo de sede de Deus, ore, peça que o Espírito Santo sopre sobre você e o mude por completo
COMPAIXÃO PELOS NECESSITADOS
Em diversos textos vamos ver essa mesma expressão ou outras com sentido próximo, sendo usadas para descrever o sentimento que Jesus tinha pelas multidões aflitas, COMPAIXÃO, COMPADECER.
• Mateus 9:36
• Mateus 6:34
• Mateus 15:32
• Mateus 14:14
Sua compaixão pelas pessoas o levava a ensiná-las sobre o Reino de Deus, a curar suas enfermidades e a expulsar os demônios que as oprimia. Falaremos neste estudo somente sobre as curas, pois sobre expulsão de demônios já falamos no estudo anterior.
Compaixão através das curas
Existiam 3 tipos de febre na palestina:
• Febre de Malta – acompanhada de grande anemia e debilidade;
• Febre Tifóide – era uma febre intermitente;
• Febre Malária – as regiões pantanosas do Jordão eram infestadas de mosquitos da malária. Em Cafarnaum abundavam os casos de malária. O enfermo tinha acessos de febre e calafrios. Adolf Pohl diz que na região pantanosa ao redor de Cafarnaum, com seu clima subtropical, é provável que a sogra de Pedro tivesse sido acometida de malária. Essa não era uma enfermidade simples. Era chamada de febre mortal (Jo.4:52).
Jesus se aproxima da sogra de Pedro e nos relatos dos Evangelhos de Mateus 8:15 e Marcos 1:31 está registrado que Ele não disse nada, apenas pegou em sua mão e a febre foi embora, somente em Lucas 4:39 é que fica registrado que Jesus repreendeu a febre e esta foi embora. De qualquer forma, independente de Jesus ter ou não repreendido a febre, está claro sua autoridade sobre as doenças e sua compaixão pelo enfermo. Essa mesma autoridade nos foi dada, a de orar em nome de Jesus e a doença ir embora. Na maioria das vezes procuramos o homem antes de procurar a Deus, de maneira que nosso filho fica doente, logo saímos correndo para um hospital e nem se que oramos com ele antes. Isso mostra que nossa confiança não está em Deus, mas no homem. Não estou querendo dizer com isso que não devemos procurar os médicos, pois creio que eles são instrumentos de Deus para o homem. Mas entendo que precisamos ter fé e orar toda vez que tivermos alguém enfermo e precisando que Jesus faça um milagre. Jesus ainda cura os enfermos!!
Ao longo da história da Igreja Evangélica brasileira e principalmente em nosso dias, alguns erros tem se cometido a respeito da cura de enfermidades, vejamos o texto seguinte que nos esclarece sobre essa questão:
Crente Fica Doente!
Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer. Apesar do ensino popular de que a fé nos cura de todas as enfermidades, uma breve consulta feita à capelania hospitalar de grandes hospitais do nosso país revela que há um número elevado de evangélicos hospitalizados -- tradicionais, pentecostais e neopentecostais -- sofrendo dos mais diversos tipos de males. A proporção de evangélicos nos hospitais acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças não fazem distinção religiosa. Para muitos evangélicos, no entanto, os crentes adoecem e não são curados porque lhes falta fé em Deus. Será que poderemos dizer que todos eles -- sem exceção -- estão ali porque pecaram contra Deus, ficaram vulneráveis aos demônios e não têm fé suficiente para conseguir a cura?
É nesse ponto que muitos evangélicos que adoeceram, ou que têm parentes e amigos evangélicos que adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos, decepcionados com a sua falta de melhora, ou com a morte de outros crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e abandonam suas igrejas e o próprio Evangelho. Outros permanecem, mas marcados pela dúvida e incerteza. Todavia, conforme a Bíblia e a história nos ensinam, mesmo homens de fé podem ficar doentes.
Há diversos exemplos na Bíblia de homens de fé que ficaram doentes e até morreram dessas enfermidades. Um deles foi o profeta Eliseu, que padeceu de uma enfermidade que o levou a morte: “E Eliseu estava doente da enfermidade de que morreu...” (2Rs 13:14) Outro, foi Timóteo. Paulo recomendou-lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades freqüentes: “Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades.” (1Tm 5:23) Ao final do seu ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto.” (2Tm 4:20 ACF).
O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne ...” (Gl 4:14). Outros acham que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo diz: “... Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis.” (Gl 4:15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo:
“... [Epafrodito] esteve doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.” (Fp 2:26-27).
Temos ainda o caso de Jó, que mesmo sendo justo, fiel e temente a Deus, foi afligido durante vários meses por uma enfermidade, que a Bíblia descreve como sendo infligida por Satanás com permissão de Deus: “7 ¶ Então saiu Satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. 8 E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza.” (Jó 2:7-8). Isaque, o grande servo de Deus, sofria da vista quando envelheceu, a ponto de não saber distinguir entre Jacó e Esaú: “...como Isaque envelheceu, e os seus olhos se escureceram, de maneira que não podia ver ....” (Gn 27:1 ACF). Esses e outros exemplos mostram que homens de Deus, fiéis e santos, foram vitimados por doenças e enfermidades.
O mesmo ocorre na história da Igreja. Nem mesmo cristãos de destaque escaparam das doenças e dos males. João Calvino era um homem com várias enfermidades. Mesmo aqueles que passaram a vida toda defendendo a cura pela fé sofreram com as doenças, e alguns acabaram morrendo. Um deles foi Edward Irving, o pai do movimento carismático. Pregador brilhante, Irving acreditava que Deus estava restaurando na terra os dons apostólicos, inclusive o da cura divina. Ainda jovem, contraiu uma doença fatal. Morreu doente, sozinho, frustrado e decepcionado com Deus.
Outro caso conhecido é o de Adoniran Gordon, um dos principais líderes do movimento de cura pela fé no século 20. Gordon morreu de bronquite, apesar da sua fé e da fé de seus amigos. A. B. Simpson, outro líder do movimento da cura pela fé, morreu de paralisia e arteriosclerose. Recentemente, morreu John Wimber, vitimado por um câncer de garganta. Wimber foi o fundador da igreja Vineyard Fellowship (Comunhão da Vinha ou Videira) e do movimento moderno de “sinais e prodígios”. Ele, à semelhança de Gordon e Simpson, acreditava que, pela fé em Cristo, o crente jamais ficaria doente.
Líderes do movimento de cura pela fé no Brasil também têm ficado doentes. Não poucos usam óculos para corrigir defeitos na vista e até têm problemas nas mãos.
Cristãos verdadeiros, pessoas de fé, eventualmente adoeceram e morreram de enfermidades, conforme a Bíblia e a história claramente demonstram. Isso significa que as doenças nem sempre representam falta de fé e que Deus se reserva o direito soberano de curar quem ele quiser.
Publicado originalmente no blog O Tempora, O Mores!
• Augustus Nicodemus é pastor presbiteriano.
Duas são as marcas do ministério de Jesus: COMUNHÃO COM O PAI E COMPAIXÃO PELOS NECESSITADOS. Uma coisa está diretamente ligada a outro, ou seja, não podemos ter compaixão pelos necessitados sem que antes tenhamos comunhão com Deus. E da mesma forma não podemos ter comunhão com o Pai sem que isso nos impulsione a amar e ter compaixão pelos perdidos. Uma fé apenas contemplativa, que sobe monte para orar e não desse o vale para buscar o perdido é uma fé mística e sem valor, Tiago vai questionar esse tipo de fé dizendo que a fé sem obras é morta (Tg.2:17). Portanto devemos ser o tipo de crente que busca diariamente e regularmente ter comunhão com Deus através da leitura da Palavra e da oração e também irmos até os necessitados (físico e espiritual) para levarmos até eles a cura e a libertação que só Jesus pode dar.
Uma fé apenas contemplativa, que sobe monte para orar e não desse o vale para buscar o perdido é uma fé mística e sem valor
Pare e Pense:
Se Pedro tinha sogra, ele era casado! Então porque a Igreja Católica não autoriza seus lideres (padres) a casarem? Já que Pedro é tido por eles como o pai, o fundador de sua igreja?
Pr Fulvio Santos
A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA
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