quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

5º Acampamento Betesda

O que os outros dizem de você? - Jonathan Edwards (1703-1758)

ESTUDOS BETESDA / MARCOS / LIÇÃO 11

QUANDO ANDAMOS COM JESUS
Mc 3.7-19

Este estudo está dividido em dois momentos da vida de Jesus, mas que apontam para a mesma direção. Neles encontramos a universalidade do seu amor e a escolha dos seus.

A MULTIDÃO PROCURA TOCÁ-LO

Vemos nesses versos que a popularidade de Jesus alcança toda a sua região, pessoas vinham ter com ele de todas as partes (vs.7,8):
• Norte – Tiro e Sidom (gentios);
• Sul – Judéia, Jerusalém e Iduméia (descendentes de Esaú, os edomitas);
• Leste – Além do Jordão;
• Oeste – Galiléia.

O texto bíblico vai dizer que “todos os que padeciam de qualquer enfermidade se arrojavam a ele para o tocar”, diz também que Ele “curava a muitos”. Desta forma encontramos uma característica fundamental do seu ministério, seu amor universal e sua compaixão pelos doentes.
Enquanto os judeus eram exclusivistas, Jesus inclui em seu ministério gente de todas as regiões. Em toda Bíblia encontramos referência a esse amor que é para todos, pois para Deus não há acepção de pessoas.
• Deuteronômio 16:19;
• Atos 10:34;
• Romanos 2:11;
• Efésios 6:9;
• I Pedro 1:17.

Devemos seguir o exemplo de Jesus e não tratar o evangelho de maneira exclusivista. Alguns erros se têm cometido ao longo da história, quando direcionamos a sua mensagem apenas para um grupo exclusivo de pessoas. Por exemplo, a “Teologia da Libertação” declara que Deus tem preferência pelos pobres. Isso é um grande erro, pois a mesma compaixão que Jesus demonstrava por um miserável do corpo (Bartimeu), Ele demonstrava para o miserável da alma (jovem rico). Uma coisa é a igreja usar de uma linguagem própria para atingir a um grupo da sociedade, a outra é ela entender que Deus ama mais a um do que outro grupo, ou que um precisa mais que o outro.

JESUS ESCOLHE 12 APÓSTOLOS

Até então, Jesus caminhava ensinando a todos os discípulos, mas neste momento Ele vai separar aqueles que iriam cumprir uma missão especial.

Jesus só teve doze apóstolos. Os apóstolos foram os instrumentos para receber a revelação de Deus e foram inspirados por Deus para o registro das Escrituras. Não há sucessão apostólica. Os apóstolos não tiveram sucessores depois que morreram.
Um apóstolo precisava:
• Ter visto a Cristo ressurreto – I Cor.9:01
• Ter tido comunhão com Cristo – At.1:21,22
• Ter sido chamado pelo próprio Cristo – Ef.4:11

Duas questões me chamam bastante a atenção nesta escolha, são elas:

NÃO TOME DECISÕES ANTES DE FALAR COM DEUS
No verso 13, vemos Jesus subindo o monte para orar antes de escolher dentre seus discípulos aqueles que seriam seus apóstolos. Quantas vezes temos que tomar decisões importantes em nossa vida, e avaliamos a questão de vários ângulos, pedimos a opinião de outros, fazemos contas e mais contas, e não consultamos a Deus em oração.

O convite que Deus nos faz é:
“LANÇANDO SOBRE ELE TODA A VOSSA ANSIEDADE, PORQUE ELE TEM CUIDADO DE VÓS“ I Ped.5:7

Entenda irmão, algumas coisas é você mesmo quem tem que fazer, não adianta estar desempregado e ficar em casa orando pedindo que Deus abra uma porta, você terá que acordar cedo e sair a procurar emprego. Mas até mesmo antes de sair para procurar o emprego, você precisa aprender a orar e pedir a Deus a direção. Precisamos aprender a entregar a Deus TODAS AS NOSSAS ANSIEDADES.

QUEM SÃO OS QUE DEUS ESCOLHE?

Se olharmos simplesmente pelas virtudes daqueles que foram chamados, diríamos que a escolha de Jesus foi uma péssima escolha, pois entre eles só havia gente complicada e diferente, vejamos o que diz sobre os apóstolos o Rev. Hernandes Lopes:

Pedro, chamado Simão – Pescador por profissão. Era de Betsaida (Jo.1:44), mas morava em Cafarnaum (Jo.1:21,29). Era um homem que falava sem pensar. Era inconstante, contraditório e temperamental. No início, não era um bom modelo de firmeza e equilíbrio. Ao contrário, ele estava constantemente mudando de um extremo para outro.

William Hendriksen diz que ele mudou da confiança para a dúvida (Mt.14:28,30); de uma profissão de fé clara em Jesus Cristo para a negação desse mesmo Cristo (Mt.16:16,22); de uma declaração de lealdade para uma negação vexatória (Mt.26:33-35, 69-75); de “nunca me lavarás os pés” para “não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça” (Jo.13:8,9). Vivia sempre nos limites extremos, ora fazendo grandes declarações: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”; ora repreendendo a Cristo. Pedro fazia promessas ousadas sem poder cumpri-las: “Por ti darei minha vida”, logo depois negou a Cristo. Pedro, o homem que fala sem pensar, que repreende a Cristo, que dorme na batalha, que foge e segue a Cristo de longe, que nega a Cristo. Mas Jesus Chama pessoas não por aquilo que elas são, mas por aquilo que elas virão a ser em suas mãos.

Tiago e João – Eles eram explosivos, temperamentais, Boanerges (filhos do trovão). Um dia pediram a Jesus para mandar fogo do céu sobre os samaritanos. Eles eram também gananciosos e amantes do poder. A mãe deles pediu a Jesus um lugar especial para eles no Reino. Tiago foi o primeiro a receber a coroa do martírio (At.12:2). Enquanto ele foi o primeiro a chegar ao céu, o seu irmão, João, foi o último a permanecer na terra. Enquanto Tiago não escreveu nenhum livro da Bíblia, João escreveu cinco livros: o evangelho, três epístolas e o Apocalipse. No final da vida, aqueles que eram chamados de “filhos do trovão” são outras pessoas. As palavras usadas por João em suas epístolas eram: “filhinhos, amados e amor”.

André – Era um homem que sempre trabalhava nos bastidores. Foi ele quem levou seu irmão Pedro a Cristo. Foi ele quem disse para Natanael sobre Jesus. Foi ele quem levou o garoto com lanche a Jesus.

Filipe – Era um homem cético, racional. Quando Jesus perguntou: “Onde compraremos pães para lhes dar comer? (Jo.6:5). Ele respondeu: “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pecado” (Jo.6:7). Ele disse: o problema não é onde? Mas quanto? Quando Jesus estava ministrando a aula da saudade, no Cenáculo, no último dia, Filipe levanta a mão no fundo da classe e pergunta: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (Jo.14:8).

Bartolomeu – Era um homem preconceituoso. Foi ele quem perguntou: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo.1:46)

Mateus – Era empregado do império romano, um coletor de impostos. Era publicano, uma classe repudiada pelos judeus. Tornou-se o escritor do evangelho mais conhecido no mundo.

Tomé – era um homem de coração fechado para crer. Quando Jesus disse: “E vós sabeis o caminho para onde eu vou” (Jo.14:4), Tomé respondeu: “Senhor, não sabemos para onde vais, como saber o caminho?” (Jo.14:5). Tomé não creu na ressurreição de Cristo e disse, “... se eu não vir em suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o meu dedo, e não puser minha mão no seu lado, de modo algum acreditarei” Jo.20:25). Contudo, quando o Senhor ressurreto apareceu a ele, Tomé prostou-se em profunda devoção e disse: “Senhor meu e Deus meu!” (Jo.20:28).

Tiago filho de Alfeu e Tadeu – Nada sabemos desses dois apóstolos. Eles faziam parte do grupo. Eles pregaram, expulsaram demônios, mas nada sabemos mais sobre eles. Eles não se destacaram.

Simão, o zelote – Ele era membro de uma seita do judaísmo extremamente nacionalista. Os zelotes eram aqueles que defendiam a luta armada contra Roma. Eles eram do partido de esquerda radical. Ele estava no lado oposto de Mateus. Estavam em lados radicalmente opostos. Os zelotes opunham-se ao pagamento de tributos a Roma e promoviam rebeliões contra o governo romano.

Judas Iscariotes – Era natural da vila de Queriot, localizada no sul da Judéia. Era o único apóstolo não Galileu. Ocupou um lugar de confiança dentro do grupo. Era o tesoureiro do grupo e administrador do patrimônio do “colégio apostólico”, mas ele não era convertido. Ele era ladrão e roubava a bolsa (Jo.12:6). Além de tudo disso, ele trai Jesus vendendo-o por 30 moedas de prata. A vida de Judas é prova, não da fraqueza de Cristo, mas da impenitência do traidor.

Tenho certeza que você não escolheria um grupo como esse nem mesmo para formam um time de futebol. Eles eram tão diferentes que haveria um grande perigo deles viverem em brigas, não ganhar nenhuma partida e ainda no final do mês faltar dinheiro para pagar o aluguel do campo (o tesoureiro roubava dinheiro). Jesus contraria toda a lógica ao formar a sua equipe ministerial com os 12. Vejamos o que William Hendriksen comenta sobre o processo de escolha de Jesus:

“O que realça a grandeza de Jesus é que Ele escolheu homens como esses, e os uniu numa comunidade impressionantemente influente, que provaria ser não somente um elo digno com o passado de Israel, mas também um fundamento sólido para a igreja do futuro. Jesus foi capaz de juntar ao redor de si, e unir em uma família, homens de criação e temperamento diferentes, às vezes, completamente opostos. Incluídos nesse pequeno ando estava Pedro, o otimista (Mt.14:28; 26:33,35), mas também estava Tomé, o pessimista (Jo.11:16;20:24,25); Simão, o zelote, inflamado com o alvo de derrubar o poderio romano; mas também Mateus, que era um funcionário do governo, um coletor de impostos. Pedro, João e Mateus que estavam destinados a se tornarem famosos pelos seus escritos, mas também Tiago, o menor, que permanece obscuro e deve ter cumprido a sua missão”

Jesus não foi enganado, Ele sabia exatamente quem era cada um deles e também sabia quem eles viriam a se tornar após caminharem 3 anos juntos. O segredo para a mudança na vida desses homens (com exceção de Judas) foi ter andado com Jesus.

O GRANDE SEGREDO NA VIDA DO CRENTE É ANDAR COM DEUS, INVESTIR EM MOMENTOS A SÓS COM ELE

Aqueles homens que pareciam tão frágeis para a missão que Jesus lhes deu, amadureceram em sua fé e terminaram sua vida como mártires, vejamos:

Paulo - Não era apóstolo oficialmente, foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra missionária nos países gentílicos. Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.

Matias - Ficou no lugar de Judas Iscariotes, foi martirizado na Etiópia.

Simão - O zelote foi crucificado.

Judas Tadeu - Morreu como mártir pregando o evangelho na Síria e na Pérsia.

Tiago (O mais Jovem) - Pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.

Tiago (O mais Velho) - Pregou em Jerusalém e na Judéia. Foi decapitado por Herodes.

Mateus - Morreu como mártir na Etiópia.

Tomé - Pregou na Pérsia e na Índia, sendo martirizado perto de Madras no monte de São Tomé.

Bartolomeu - Serviu como missionário na Armênia, sendo golpeado até a morte.

Filipe - Pregou na Frígia e morreu como mártir em Hierápolis.

André - Pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi crucificado.

Simão Pedro - Pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado com a cabeça para baixo.

O nome de grandes reis foi esquecido, mas esses homens são lembrados todos os dias por diversas pessoas em várias partes do mundo, porque andaram com Jesus e permitiram o seu agir em sua vida.

RESPONDA:
• Com que tipo de discípulo você se identifica?
• Você poderia relacionar 5 mudanças que Jesus fez em sua vida nos últimos 5 anos?
• As pessoas que convivem com você concordariam com o que você escreveu acima?
• Quanto tempo você tem investido em momentos a sós com Deus?
• O que você pode fazer para melhorar essa situação?
• Você já parou para pensar que o que Jesus fez na vida daqueles

Pr Fulvio Santos

A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLORIA

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CONVITE DA APRESENTAÇÃO DOS ADOLESCENTES

SOBRE PASTORES E LOBOS

Sobre pastores e lobos
Osmar Ludovico

Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.

Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.

Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.

Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.

Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.

Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.

Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.

Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.

Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.

Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.

Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.

Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.

Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.

Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.

Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.

Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.

Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.

Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.

Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.

Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.

Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.

Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.

Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.

Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.

Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.

Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.

Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.

Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.

Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.

Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.

Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.

Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.

Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.

Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.

Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.

Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.

Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.

Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.

Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.

Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.

Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.

Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.

Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.

Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.

Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.

Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.

Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.

Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores (Mateus 7:15).


Osmar Ludovico da Silva, diretor e mentor espiritual, dirige cursos de espiritualidade, revisão de vida e de pastoreio de pastores e missionários. Casado com Isabelle e pai de Priscila e Jonathan, reside em Cabedelo, Paraíba.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pregador Civilizado - Leonard Ravenhill

RESOLUÇÕES DE JONATHAN EDWARDS

Resoluções de Jonathan Edwards (1722-1723)


Estando ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a ajuda de Deus, humildemente Lhe rogo que, através de Sua graça, me capacite a cumprir fielmente estas resoluções, enquanto elas estiverem dentro da Sua vontade, em nome de Jesus Cristo.
Lembra de ler estas resoluções uma vez por semana.

1. Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.

2. Resolvi permanecer na busca contínua de novas maneiras para poder promover as resoluções acima mencionadas.

3. Resolvi arrepender-me, caso eu um dia me torne menos responsável no tocante a estas resoluções, negligenciando uma ínfima parte de qualquer uma delas e confessar cada falha individualmente assim que cair em mim.

4. Resolvi, também, nunca negar alguma maneira ou coisa difícil, seja no corpo ou na alma, menos ou mais, que leve à glorificação de Deus; também não sofrê-la se tiver como evitá-la.

5. Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível.

6. Resolvi viver usando todas minhas forças enquanto viver.

7. Resolvi jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se soubesse que estava vivendo a última hora da minha vida.

8. Resolvi ser a todos os níveis, tanto no falar como no fazer, como se não houvesse ninguém mais vil que eu sobre a terra, como se eu próprio houvesse cometido esses mesmos pecados ou apenas sofresse das mesmas debilidades e falhas que todos os outros; também nunca permitirei que o tomar conhecimento dos pecados dos outros me venha trazer algo mais que vergonha sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus próprios pecados e miséria a Deus.

9. Resolvi pensar e meditar bastante e em todas as ocasiões sobre minha própria morte e sobre circunstâncias relacionadas com a morte.

10. Resolvi, sempre que experimentar e sentir dor, relacioná-la com as dores do martírio e também com as do inferno.

11. Resolvi que sempre que pense em qualquer enigma sobre a salvação, fazer de tudo imediatamente para resolvê-lo e entendê-lo, caso nenhuma circunstância me impeça de fazê-lo.

12. Resolvi, assim que sentir um mínimo de gratificação ou deleite de orgulho ou de vaidade, eliminá-lo de imediato.

 
13. Resolvi nunca cessar de buscar objectos precisos para minha caridade e liberalidade.

14. Resolvi nunca fazer algo em forma de vingança.

15. Resolvi nunca sofrer nenhuma das mais pequenas manifestações de ira vinda de seres irracionais.

16. Resolvi nunca falar mal de ninguém, de forma tal que afete a honra da pessoa em questão, nem para mais nem para menos honra, sob nenhum pretexto ou circunstância, a não ser que possa promover algum bem e que possa trazer um real benefício.

17. Resolvi viver de tal forma como se estivesse sempre vivendo o meu último suspiro.

18. Resolvi viver de tal forma, em todo o tempo, como vivo dentro dos meus melhores padrões de santidade privada e daqueles momentos que tenho maior clarividência sobre o conteúdo de todo o evangelho e percepção do mundo vindouro.

19. Resolvi nunca fazer algo de que tenha receio de fazer uma hora antes de soar a última trombeta.

20. Resolvi manter a mais restrita temperança em tudo que como e tudo quanto bebo.

21. Resolvi nunca fazer algo que possa ser contado como justa ocasião para desprezar ou mesmo pensar mal de alguém de quem se me aperceba algum mal.

(Resoluções 1 a 21 foram escritas em New Haven em 1722)

22. Resolvi esforçar-me para obter para mim mesmo todo bem possível do mundo vindouro, tudo quanto me seja possível alcançar de lá, com todo meu vigor em Deus – poder, vigor, veemência, violência interior mesmo, tudo quanto me seja possível aplicar e admoestar sobre mim de qualquer maneira que me seja possível pensar e aperceber-me.

23. Resolvi tomar ação deliberada e imediata sempre que me aperceber que possa ser tomada para a glória de Deus e que possa devolver a Deus Sua intenção original sobre nós, Seu desígnio inicial e Sua finalidade. Caso eu descubra, também, que em nada servirá a glória de Deus exclusivamente, repudiarei tal coisa e a terei como uma evidente quebra da quarta resolução.

24. Resolvi que, sempre que encetar e cair por um caminho de concupiscência e mau, voltar atrás e achar sua origem em mim, tudo quanto origina em mim tal coisa. Depois, encetar por uma via cuidadosa e precisa de nunca mais tornar a fazer o mesmo e de orar e lutar de joelhos e com todas as minhas forças contra as origens de tais ocorrências.

25. Resolvi examinar sempre cuidadosamente e de forma constante e precisa, qual a coisa em mim que causa a mínima dúvida sobre o verdadeiro amor de Deus para direcionar todas as minhas fortalezas contra tal origem.

26. Resolvi abater tais coisas, a medida que as veja abatendo minha segurança.

27. Resolvi nunca omitir nada de livre vontade, a menos que essa omissão traga glória a Deus; irei, então e com frequência, rever todas as minhas omissões.

28. Resolvi estudar as Escrituras de tal modo firme, preciso, constante e frequente que me seja tornado possível e que me aperceba em mim mesmo de que estou crescendo no conhecimento real das mesmas.

29. Resolvi nunca ter como uma oração ou petição, nem permitir que passe por oração, algo que seja feito de tal maneira ou sob tais circunstâncias que me possam privar de esperar que Deus me atenda. Também não aceitarei como confissão algo que Deus não possa aceitar como tal.

30. Resolvi extenuar-me e esforçar-me ao máximo de minha capacidade real para, a cada semana, ser levado a um patamar mais real de meu exercício religioso, um patamar mais elevado de graça e aceitação em Deus, do que tive na semana anterior.

31. Resolvi nunca dizer nada que seja contra alguém, exceto quando tal coisa se ache de pleno acordo com a mais elevada honorabilidade evangélica e amor de Deus para com a sua humanidade, também de pleno acordo com o grau mais elevado de humildade e sensibilidade sobre meus próprios erros e falhas e de pleno acordo àquela regra de ouro celestial; e, sempre que disser qualquer coisa contra alguém, colocar isso mesmo mediante a luz desta resolução convictamente.

32. Resolvi que deverei ser estrita e firmemente fiel à minha confiança, de forma que o provérbio 20:6 “ Mas, o homem fiel, quem o achará? ” não se torne nem mesmo parcialmente verdadeiro a meu respeito.

33. Resolvi, fazer tudo que poderei fazer para tornar a paz acessível, possível de manter, de estabelecer, sempre que tal coisa nunca possa interferir ou inferir contra outros valores maiores e de aspectos mais relevantes. 26 de Dezembro de 1722

34. Resolvi nada falar que não seja inquestionavelmente verídico e realmente verdadeiro em mim.

35. Resolvi que, sempre que me puser a questionar se cumpri todo meu dever, de tal forma que minha serenidade e paz de espírito sejam ligeiramente perturbadas através de tal procedimento, colocá-lo diante de Deus e depois verificar como tal problema foi resolvido. 18 de Dezembro 1722

36. Resolvi nunca dizer nada de mal sobre ninguém que seja, a menos que algum bem particular nasça disso mesmo. 19 de Dezembro de 1722

37. Resolvi inquirir todas as noites, ao deitar-me, onde e em quais circunstancias fui negligente, que atos cometi e onde me pude negar a mim mesmo. Também farei o mesmo no fim de cada ano, mês e semana. 22 e 26 de Dezembro de 1722

38. Resolvi nunca mais dizer nada, nem falar, sobre algo que seja ridículo, esportivo ou questão de zombaria no dia do Senhor. Noite de Sábado, 23 de Dezembro de 1722

39. Resolvi nunca fazer algo que possa questionar sobre sua lealdade e conformidade à lei de Deus, para que eu possa mais tarde verificar por mim se tal coisa me é lícito fazer ou não. A menos que a omissão de questionar me seja tornada lícita.

40. Resolvi inquirir cada noite de minha existência, antes de adormecer, se fiz as coisas da maneira mais aceitável que eu poderia ter feito, em relação a comer e beber. 7 de Janeiro de 1723

41. Resolvi inquirir de mim mesmo no final de cada dia, de cada semana, mês e ano, onde e em que áreas poderia haver feito melhor e mais eficazmente. 11 de Janeiro 1723

42. Resolvi que, com frequência renovarei minha dedicação de mim mesmo a Deus, o mesmo voto que fiz em meu bptismo, o qual recebi quando fui recebido na comunhão da igreja e o qual reassumo solenemente neste dia 12 de Janeiro, 1722-23.

43. Resolvi que a partir daqui, até que eu morra, nunca mais agirei como se me pertencesse a mim mesmo de algum modo, mas inteiramente e sobejamente pertencente a Deus, como se cada momento de minha vida fosse um normal dia de culto a Deus. Sábado, 12 de Janeiro de 1723.

44. Resolvi que nenhuma área desta vida terá qualquer influencia sobre qualquer de minhas ações; apenas a área da vivência para Deus. E que, também, nenhuma ação ou circunstância que seja distinta da religião seja a que me leve a concretizar. 12 de Janeiro de 1723

45. Resolvi também que nenhum prazer ou deleite, dor, alegria ou tristeza, nenhuma afeição natural, nem nenhuma das suas circunstâncias co-relacionadas, me seja permitido a não ser aquilo que promova a piedade. 12 e 13 de Janeiro e 1723

46. Resolvi nunca mais permitir qualquer medida de qualquer forma de inquietude e falta de vontade diante de minha mãe e pai. Resolvi nunca mais sofrer qualquer de seus efeitos de vergonha, muito menos alterações de minha voz, motivos e movimentos de meu olhar e de ser especialmente vigilante acerca dessas coisas quando relacionadas com alguém de minha família.

47. Resolvido a encetar tudo ao meu alcance para me negar tudo quanto não seja simplesmente disposto e de acordo com uma paz benévola, universalmente doce e meiga, repleta de quietude, hábil, contente e satisfeita em si mesma, generosa, real, verdadeira, simples e fácil, cheia de compaixão, industriosa e empreendedora, cheia de caridade real, equilibrada, que perdoa, formulada por um temperamento sincero e transparente; e também farei tudo quanto tal temperança e temperamento me levar a fazer. Examinarei e serei severo e acutilante nesse exame cada semana se por acaso assim fiz e pude fazer. Sábado de manhã, 5 Maio de 1723

48. Resolvi a, constantemente e através da mais acutilante beleza de caráter, empreender num escrutínio e exame minucioso e muito severo, para constatar e olhar qual o estado real de toda a minha alma, verificando por mim mesmo se realmente mantenho um interesse genuíno e real por Cristo ou não; e que, quando eu morrer não tenha nada de que me arrepender a respeito de negligências deste tipo. 26 de Maio de 1723

49. Resolvi a que tal coisa (de não ter afeto por Cristo) nunca aconteça, se eu a puder evitar de alguma maneira.

50. Resolvi que, sempre agirei de tal maneira, que julgarei e pensarei como o faria dentro do mundo vindouro apenas. 5 de Julho de 1723

51. Resolvi que, agirei de tal forma em todos os sentidos, como iria desejar haver feito quando me achasse numa situação de condenação eterna. 8 de Julho de 1723

52. Eu, com muita frequência, ouço pessoas duma certa idade avançada falarem como iriam viver suas vidas de novo caso lhes fosse dada uma segunda oportunidade de a tornarem a viver. Eu resolvi viver minha vida agora e já, tal qual eu fosse desejar vivê-la caso me achasse em situação de desejar vivê-la de novo, como eles, caso eu chegue a uma sua idade avançada como a sua. 8 de Julho de 1723

53. Resolvi apetrechar e aprimorar cada oportunidade, sempre que me possa achar num estado de espírito sadio e alegremente realizado, para me atirar sobre o Senhor Jesus numa reentrega também, para confiar nEle, consagrando-me a mim mesmo inteiramente a Ele também nesse estado de espírito; que a partir dali eu possa experimentar que estou seguro e assegurado, sabendo que persisto a confiar no meu Redentor mesmo assim. 8 de Julho de 1723

54. Sempre que ouvir falar algo sobre alguém que seja digno de louvor e dignificante e o possa ser em mim também, resolvi tudo encetar para conseguir o mesmo em mim e por mim. 8 de Julho de 1723

55. Resolvi tudo fazer como o faria caso já tivesse experimentado toda a felicidade celestial e todos os tormentos do inferno. 8 de Julho de 1723

56. Resolvi nunca desistir de vencer por completo qualquer de minhas veleidades corruptas que ainda possam existir, nem nunca tornar-me permissivo em relação ao mínimo de suas aparências e sinais, nem tão pouco me desmotivar em nada caso me ache numa senda de falta de sucesso nessa mesma luta.

57. Resolvi que, quando eu temer adversidades ou maus momentos, irei examinar-me e ver se tal não se deve a: não ter cumprido todo meu dever e cumprir a partir de então; e permitir que tudo o mais em minha vida seja providencial para que eu possa apenas estar e permanecer inteiramente absorvido e envolvido com meu dever e meu pecado diante de Deus e dos homens. 9 de Junho e 13 de Julho de 1723

58. Resolvi a não apenas extinguir nem que seja algum leve ar de antipatia, simpatia fingida que encobre meu estado de espírito, impaciência em conversação, mas também e antes poder exprimir um verdadeiro estado de amor, alegria e bondade em todos os meus aspectos de vida e conversação. 27 de Maio e 13 de Julho de 1723

59. Resolvi que, sempre que me achar consciente de provocações de má natureza e de mau espírito, que me esforçarei para antes evidenciar o oposto disso mesmo, em boa natureza e maneira; sim, que em tempos tal qual esses, manifestar a boa natureza de Deus, achando, no entanto, que em algumas circunstâncias tal comportamento me traga desvantagens e que, também, em algumas outras circunstâncias, seja mesmo imprudente agir assim. 12 de Maio, 2 e 13 de Julho

60. Resolvi que, sempre que meus próprios sentimentos comecem a comparecer minimamente desordenados, sempre que me tornar consciente da mais ligeira inquietude interior, ou a mínima irregularidade exterior, me submeterei de pronto à mais estrita e minuciosa examinação e avaliação pessoal. 4 e 13 de Julho de 1723

61. Resolvi que a falta de predisposição nunca me torne relaxado nas coisas de Deus e que nunca consiga retirar minha atenção total de estar plenamente fixada e afixada só em Deus, exista a desculpa que existir para me tentar; tudo que a fala de predisposição me instiga a fazer, abre-me o caminho do oposto para fazer. 21 de Maio e 13 de Julho de 1723

62. Resolvi a nunca fazer nada a não ser como dever; e, depois, de acordo com Efésios 6:6-8, fazer tudo voluntariosamente e alegremente como que para o Senhor e nunca para homem; “ Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer”. 25 de Junho e 13 de Julho 1723

63. Supondo que nunca existiu nenhum indivíduo neste mundo, em nenhuma época do tempo, que nunca haja vivido uma vida cristã perfeita em todos os níveis e possibilidades, tendo o Cristianismo sempre brilhante em todo o seu esplendor, e parecendo excelente e amável, mesmo sendo essa vida observada de qualquer ângulo possível e sob qualquer pressão, eu resolvi agir como se pudesse viver essa mesma vida, mesmo que tenha de me esforçar no máximo de todas as minhas capacidades inerentes e mesmo que fosse o único em meu tempo. 14 De Janeiro e 3 de Julho de 1723

64. Resolvi que quando experimentar em mim aqueles “gemidos inexprimíveis”, Romanos 8:26, os quais o Apóstolo menciona e dos quais o Salmista descreve como, “ A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças a todo o tempo ”, Salmos 119:20, que os promoverei também com todo vigor existente em mim e que não me “cansarei” (Isaías 40:31) no esforço de dar expressão a meus desejos tornados profundos nem me cansarei de repetir esses mesmos pedidos e gemidos em mim, nem de o fazer numa seriedade contínua. 23 De Julho e 10 de Agosto de 1723

65. Resolvi que, me tornarei exercitado em mim mesmo durante toda a minha vida, com toda a franqueza que é possível, a sempre declarar meus caminhos a Deus e abrir toda a minha alma a Ele: todos os meus pecados, tentações, dificuldades, tristezas, medos, esperanças, desejos e toda outra coisa sob qualquer circunstância. Tal como o Dr. Manton diz em seu sermão nr.27, baseado no Salmo 119. 26 De Julho e 10 de Agosto, 1723

66. Resolvi que, sempre me esforçarei para manter e revelar todo o lado benigno de todo semblante e modo de falar em todas as circunstâncias de toda a minha vida e em qualquer tipo de companhia, a menos que o dever de ser diferente exija de mim que seja de outra maneira.

67. Resolvi que, depois de situações aflitivas, avaliarei em que aspectos me tornei diferente por elas, em quais aspectos melhorei meu ser e que bem me adveio através dessas mesmas situações.

68. Resolvi confessar abertamente tudo aquilo em que me acho enfermo ou em pecado e também confessar todos os casos abertamente diante de Deus e implorar a necessária condescendência e ajuda dele até nos aspectos religiosos. 23 de Julho e 10 de Agosto de 1723

69. Resolvi fazer tudo aquilo que, vendo outros fazerem, eu possa haver desejado ter sido eu a fazê-lo. 11 de Agosto de 1723

70. Que haja sempre algo de benevolente toda vez que eu fale. 17 De Agosto, 1723


Apesar da sua biografia apresentar contrastes dramáticos, estas são, na realidade, apenas algumas facetas diferentes de uma afinidade com um Deus SOBERANO. Assim, Jonathan Edwards tanto pregava sermões vívidos sobre o fogo do inferno, quanto se expressava em poesia e de forma lírica em suas apreciações sobre a natureza, pois o Deus que criou o mundo em toda a sua beleza, também é perfeito em sua santidade. Edwards combinava o exercício mental e intelectual de um gigante com piedade quase infantil, pois ele percebia Deus tanto como infinitamente complexo quanto como maravilhosamente simples. Na sua igreja em Northampton, sua consistente exaltação da majestade divina gerou muitas reacções diferentes — primeiro ele foi exaltado como grande líder e, em seguida, foi demitido do seu púlpito. Edwards sustentava a doutrina de que o Deus onipotente exigia arrependimento e fé das suas criaturas humanas; por isso, ele proclamava tanto a absoluta soberania de Deus quanto as urgentes responsabilidades dos homens.

Original: http://www.jonathanedwards.com/text/Personal/resolut.htm
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Tradução livre: José Mateus (Portugal)

Revisado por: Felipe Sabino de Araújo Neto


CANTATA DE NATAL INFANTIL








































sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Bíblia - Documentário IBC

CANTATA DAS CRIANÇAS

DIA DA BÍBLIA

VIVA PARA A ETERNIDADE ! - PAUL WASHER

VINTE E TRÊS ANOS DE TRABALHO INFRUTÍFERO

“Por um período de vinte e três anos, desde o décimo terceiro ano de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, a palavra do SENHOR tem vindo a mim, e eu a tenho anunciado a vós insistentemente. Mas vós não me tendes dado ouvidos” – Jeremias 25.3 (Almeida Século 21).

Algumas expressões mostram o peso da acusação neste versículo. “A palavra do Senhor”, “vinte e três anos”, “vindo a mim”, “tenho anunciado”, “não me tendes dado ouvidos”. Como o povo de Deus ouve a palavra de Deus por 23 anos e se recusa a cumpri-la? Há milhares de crentes assim! Há igrejas inteiras em que a vida social prevalece sobre a palavra de Deus, e a vontade de donos da igreja prevalece sobre a vontade de Deus! A fala de Jeremias e o que observamos hoje comprovam como o coração humano é duro e pecaminoso! E a facilidade com que tornamos os negócios de Deus uma extensão dos nossos, e como tornamos o relacionamento com Deus em atividade social! Quantos membros de igreja querem mesmo ouvir a voz de Deus, e não apenas receber seu amparo e promessas?

Imagino Jeremias numa ordem de pastores, hoje. A teologia do sucesso ensina que o bom pastorado é aquele em que a igreja está cheia de figurões, a receita cresce, todo mundo está feliz, o pastor é um “paizão”, há muito louvor e muita reunião social: o futebol dos jovens, os chazinhos das senhoras e reuniões absolutamente dispensáveis que nada acrescentam, mas que fazem bem, porque dão a idéia de ser uma igreja ativa. Jeremias diria que ninguém estava satisfeito com ele (os donos do poder religioso não estavam mesmo) e ninguém queria ouvir seus sermões. Até desejaram matá-lo. “Tsc, tsc, tsc”, diria um colega. “Você precisa participar das conferências promovidas pela Igreja bajuladora e ouvir as mensagens do Dr. Sorriso Colgate e sua esposa Amo vocês, rebanho maravilhoso! Veria as novas técnicas de agradar o povão. O povão quer é festa, Pr. Jeremias! Que palavra de Deus, o que!”.

Imagino a frustração de Jeremias. Quase um quarto de século sem obter fruto e uma coleção de desafetos e perseguições. Bem, ele reclamou bastante de Deus…

Só que Jeremias estava certo, o povão estava errado, como também o profeta Sorriso Colgate e sua esposa Amo vocês, rebanho maravilhoso! Deus anunciou o que faria: “Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca mais dirão: Vive o Senhor, que tirou os filhos de Israel da terra do Egito; mas: Vive o Senhor, que tirou e que trouxe a linhagem da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e eles habitarão na sua terra. Quanto aos profetas. O meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado, e como um homem vencido do vinho, por causa do Senhor, e por causa das suas santas palavras. Pois a terra está cheia de adúlteros; por causa da maldição a terra chora, e os pastos do deserto se secam. A sua carreira é má, e a sua força não é reta. Porque tanto o profeta como o sacerdote são profanos; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor. Portanto o seu caminho lhes será como veredas escorregadias na escuridão; serão empurrados e cairão nele; porque trarei sobre eles mal, o ano mesmo da sua punição, diz o Senhor” (Jr 23.7-12).

Respeitosamente, com temor diante de Deus: colega pastor, não procure a popularidade, mas a fidelidade ao Senhor e sua Palavra. Rebanho de Deus: seja dócil para ouvir a palavra do Senhor, submeter-se a ela e corrigir a vida. Há festas e reuniões em demasia, e santidade e seriedade de vida em escassez. É hora de mudar. Os resultados da postura errada são muito duros.
Pr Isaltino Gomes Coelho Filho
 
fonte:

ESTUDOS BETESDA / MARCOS / LIÇÃO 10

JESUS É CAPAZ DE CURAR ATROFIADOS DA MENTE, DO CORAÇÃO E DAS MÃOS

Mc 3:1-6

Geralmente quando lemos esta parte das Escrituras, imaginamos imediatamente aquilo que de fato o texto nos traz, um homem com a mão atrofiada sendo curado por Jesus. Mas gostaria de neste estudo mostrar-lhe que muitos têm vivido com a mente, o coração e as mãos atrofiadas. Gostaria também que você acompanhasse comigo o processo de cura daqueles que tem vivido debaixo de “atrofia da alma”.

ATROFIA DA MENTE

 Aqueles que se encontram neste estado possuem algumas características próprias, e na história bíblica é representada pelos religiosos que se sentem ameaçados por Jesus. Vejamos algumas de suas características:

Incapaz de aceitar que estejam errados – Eles tinham muito que defender e preservar, ainda que para isso fosse necessário desconsiderar os fatos presenciados. Eles tinham diante deles alguém que é maior que o sábado (2:28) e ainda assim defendiam o que o tradicionalismo dizia a respeito da guarda do sábado. Existiam 39 regras que deviam ser seguidas para que se guardasse o sábado adequadamente. Quando me refiro ao tradicionalismo, não estou querendo dizer tradição, pois enquanto o primeiro traz julgo o segundo traz ensinamentos preciosos.
É interessante que quando esses religiosos se sentem pressionados, tornam-se de inimigos fervorosos a amigos que agora vão conspirar para matar Jesus.

“Marcos é o único evangelista que fala dessa coligação espúria entre escribas e fariseus com os herodianos para tramarem a morte de Jesus. Os herodianos eram um partido político judeu radical que esperava restaurar ao trono a linha de Herodes, o grande. Eles apoiavam o domínio de Roma sobre a Palestina e assim estavam em direto conflito com os líderes judeus. Os fariseus e herodianos não tinham nada em comum até Jesus ameaçá-los. Jesus ameaçou a autoridade dos fariseus sobre o povo e ameaçou os herodianos ao falar do seu reino eterno. Assim os fariseus e herodianos, inimigos históricos, se uniram para tramarem a morte de Jesus. As facções inimigas entre os judeus foram esquecidas momentaneamente de suas rivalidades, unidas por seu ódio ao Senhor. Foi o inimigo comum, Jesus, quem uniu esses dois grupos rivais. William Hendriksen diz que aquela foi uma estranha coalizão entre os falso santos e os sacrílegos.”
Rev. Hernandes D Lopes

• Quer dar explicação para tudo Eles explicam por sua teologia, que aquele homem merecia sua doença, pois aquele tipo de enfermidade só se dava em pessoas que tivessem grandes pecados ou que seus pais os houvesse cometido.
Muitas são as vezes que tentamos explicar o inexplicável, geralmente agimos de duas formas: espiritualizamos tudo ou racionalizamos. Ambas as posturas são perigosas, pois podemos cometer erros semelhantes aos daqueles religiosos que se sentem ameaçados com a vida de Jesus.
Veja o exemplo de Jó e seus amigos, inicialmente sentam-se e choraram a dor dele (Jó 2:13), mas depois se levantam a tentar dar explicação para o sofrimento, e para isso o acusam:
o Culpado 4:7
o Pecador/iníquo 4:8
o Louco 5:2
o Tolo 5:2
o Imaturo 5:8
o Seus filhos morreram porque pecaram 8:4
o Falador / Tagarela 11:2
o Estúpido 11:12
o Injusto 11:14

No final do livro, Jó através de Deus chega à conclusão do porque que ele havia passado por tantas tragédias.
o Tudo está no controle de Deus 42:2
o O sofrimento o fez conhecer a Deus de fato 42:5
o Aprende a orar pelo próximo, mesmo vivendo tragédias pessoais.

Portanto meu irmão, diante das lutas do outro, não tente encontrar respostas que não são dadas por Deus e por sua Palavra. Fazer isto é aumentar a dor de quem já está ferido.

• Preguiça Mental – Ao invés de fazer um estudo, não tendencioso, das Escrituras para ver se em Jesus elas estavam se cumprindo, preferem aceitar o que o tradicionalismo de sua religião dizia. Com isso estavam rejeitando o próprio Deus (Jo.1).
Temos o ótimo exemplo dos irmãos de Beréia, que examinavam as Escrituras para ver se o que os apóstolos estavam dizendo eram de fato verdade (At.17:10-15). Veja que não era qualquer pessoa que os estava ensinando, mas os apóstolos, e estes não se sentiram ofendidos pelos exames feitos pelos irmãos de Beréia.
O Pr John Stott em seu livro “Crer é também pensar” descreve diversas justificativas bíblicas para que o crente seja alguém que não exclua o raciocínio de seu relacionamento com Deus. Veja alguns textos que ratificam este princípio:
o Mateus 22:29
o Isaías 1:18
o Daniel 11:32
o Romanos 12:1

Veja dois problemas existentes em nossas igrejas:
o Crentes que por acomodação preferem que outros (geralmente pastores) estudem a Bíblia e digam para ele o que é certo ou errado. Perguntas muitas vezes infantis que demonstram o descompromisso com o evangelho pregado por Jesus.

o Igrejas que aproveitam esse desinteresse e exercem a autoridade sobre seus membros com diversos tipos de armas (misticismo, submissão cega e maldições) que visam manter a total submissão de seus membros.

Esses dois tipos de comportamento têm feito com que a igreja evangélica brasileira adoeça, seja uma igreja grande com raciocínio de criança. Além disso, muitos são os casos de abuso espiritual/emocional que temos presenciado a todo o momento em diversas denominações.

CORAÇÃO ATROFIADO

Os religiosos tinham alguém adoecido no meio deles e eram totalmente insensíveis ao sofrimento, além disso, era colocado um pesado julgo sobre o homem. Esse comportamento representa a INSENSIBILIDADE para com a dor do outro.

Facilmente vemos esse tipo de postura sendo tomada em igrejas e através de crentes que:

o Desconhecem as necessidades de seus próprios irmãos – As igrejas têm caminhado para impessoalidade, muitos entram e saem sem se conhecer e nunca terem feito nem mesmo uma oração juntos. Quanto mais compartilhar problemas familiares ou financeiros.

o Desconhecem as necessidades de seu bairro – A igreja não pode se ausentar aos problemas vividos em seu bairro. Há pouco tempo nosso irmão, Pr Jônison, me relatou que sua igreja estava providenciando água encanada para sua localidade. Esso é um exemplo de uma igreja que é benção para seu bairro. Veja o exemplo de nossa igreja mãe, que possui uma escola de ensino fundamental, e desta forma tem contribuído para a melhoria da educação de seu bairro, ao mesmo tempo tem pregado o evangelho.

o Não investem em missões de maneira séria e significativa – A grande maioria de nossas igrejas não faz missões como poderia. Basta olhar o orçamento delas, que você verá que o que se gasta com produtos de limpeza muitas vezes é mais do que com o missionário e sua família. Nós desejamos ser uma igreja missionária em “Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra”.

o Muitos pastores são totalmente carentes (financeiramente, emocional e espiritual) – Existem dois extremos: religiosos que exploram seus seguidores, tirando-lhes toda lã; pastores que tem passado necessidade e grandes dificuldades para viver do sustento ministerial. Nosso desejo é ser uma igreja que tem equilíbrio, portanto trata seus líderes com honra e se preocupa com sua vida e família.

MÃOS ATROFIADAS

A prática dos religiosos do tempo de Jesus era oposta aos seus discursos. Belos discursos, bonita tradição, roupas pomposas, longas orações públicas e nenhuma prática. João Batista os confronta dizendo:

“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” Mat.3:8 “

Precisamos tomar cuidado com esse tipo de atrofia, termos uma vida religiosa impecável com um prática deplorável.
Em muitas igrejas, aqueles que têm colocado a “mão na massa”, representam um percentual muito pequeno. Por exemplo, o percentual de dizimistas das igrejas, geralmente, é vergonhoso.

Compare a disposição que as pessoas têm para ganhar dinheiro, com sua disposição em servir a Deus em sua igreja.
• Acordam bem cedo para trabalhar, pois tem que bater ponto. Quando chegam à igreja, tudo é desculpa para não ser pontual.
• São cobrados por seu chefe e “engolem” tudo porque precisam do emprego. Na igreja muitos são temperamentais e de difícil relacionamento.
• Preparamos-nos, fazemos curso, faculdade, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado, tudo para sermos qualificados para mercado e recebermos uma boa remuneração. No Reino de Deus, muitos oferecem algo sofrível e sem qualquer qualidade.
Meu querido irmão observe bem se sua mão tem estado atrofiada para o serviço de Deus.

JESUS CURA O ATROFIADO

Ele diz ao doente: “LEVANTA E VEM PARA O MEIO”. Vejamos o que a Bíblia quer nos ensinar:

• Jesus mostra a todos quem é o alvo do seu ministério – O doente, o necessitado, aflito e oprimido, foi para esses que Ele veio (Mat.2:17).

• Jesus mostra a inoperância da falsa religião – Capaz de criar um sistema religioso apreciável pelos homens, mas que não é capaz de dar paz e curar o doente, ou seja, não gera vida.

• Jesus leva o doente a assumir publicamente sua condição – Não existe cura da “alma atrofiada”, sem que exista um reconhecimento diante de Deus e do mundo de seu pecado.

Cuidado:
 Alguns pecados precisam ser confessados ao homem (família, pastor, pessoa ofendida e amigo) Tiago 5:16
 Alguns pecados devem ser confessados somente a Deus e não torná-lo público. Digo isto porque algumas igrejas têm a prática de levar os membros desta, a fazer uma confissão pública de todos os seus pecados. Entendemos que isso pode levar a problemas ainda maiores.

• Jesus levou o homem a vencer seus complexos diante das pessoas – Estar ali diante daqueles religiosos, era extremamente constrangedor para um doente como ele, pois ele era um homem julgado e condenado por ser doente. Ele é levado a ficar em pé e assumir o local central da sala, sem medo. Existem pessoas que vivem um terrível complexo de inferioridade dentro das igrejas, por seu passado, por não possuir um dom que chame a atenção das pessoas, por sua classe social ou por sua cor de pele. Deus não faz acepção de pessoas e para eles todos nós temos o mesmo valor!

• Jesus levou o homem a exercitar sua fé – Ele disse “ESTENDA A MÃO!”. Depois de Jesus, o doente deveria ser a primeira pessoa a crer, e, portanto deveria estender a mão.

Você quer ver o milagre em sua vida? Então estenda a mão, obedeça a voz do mestre. Seja qual for a atrofia que você tem vivido (mente, coração ou mãos), Jesus tem poder para curá-lo, e o que precisamos fazer é OBEDECER A SUA ORDEM E ESTENDER A MÃO.

“Quem é você: mirrado ou crítico? Necessitado ou julgador? Como você vai sair deste episódio: curado, perdoado, salvo ou mais endurecido?”Pr Hernandes D Lopes

Pr Fulvio Santos

A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA