sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CARTA A UM JOVEM COM PROBLEMAS SEXUAIS

Carta a um Jovem com Problemas Sexuais

Postado por: Yago Martins

O que segue é um e-mail que recebi de um irmão que estava com problemas sexuais em seu namoro. Logo abaixo vai minha resposta. O texto foi editado para melhor se adequar, retirando certas pessoalidades. Espero que possa ser de utilidade para alguém.

"Como eu já te falei, eu tenho 20 anos e faço faculdade. Acontece que há quase dois anos (eu tinha 19), comecei a namorar uma irmã da igreja. Ela é uma moça de Deus, comprometida com o Reino, ama o Senhor e sempre teve um desejo de dedicar-se à obra, como eu - inclusive ela sonha em fazer missões. Todavia, nos últimos dois ou três meses temos sido terrivelmente tentados na área sexual. Alguns dias atrás, fomos parar na porta de um motel, mas acabamos não entrando. E, sinceramente, o motivo de não termos entrado não foi temor ao Senhor (naquele momento eu só queria satisfazer os desejos da minha carne) - foi simplesmente medo, insegurança, afinal nós dois somos virgens. O fato é que, mesmo não tendo consumado a relação sexual, nós fomos muito além do aceitável e estamos ambos arrasados. O pastor de nossa igreja está nos dando todo o apoio, nos disciplinando em amor, nos oferecendo consolo, mas eu estou à beira de desistir. Não é a primeira nem a segunda vez que cedemos às tentações dessa maneira. Eu me sinto completamente enojado em relação à minha própria vida, em relação ao meu pecado, mas, ao mesmo tempo, não sinto forças para continuar combatendo-o. Estou renunciando a todos os compromissos que tinha com a obra em nossa igreja, pois me sinto desqualificado, reprovado para o ministério. O trabalho ministerial é muito abençoado, não posso servir vivendo da forma como estou. Peço oração e ajuda. Eu não sei o que está acontecendo comigo, não sei como tenho retrocedido tanto depois de experimentar tantas coisas maravilhosas da parte do Senhor. Tenho questionado a minha própria salvação, pois como um nascido de novo pode viver de forma tão podre? E esse questionamento está me consumindo. Gostaria de poder me casar, como Paulo ordena àqueles que não podem se conter, e estou me organizando para isso. Mas sou apenas estagiário, e minha família não é cristã e não apóia a idéia. Ou seja, não sei mesmo o que fazer. Nesse momento, tudo o que eu quero é força para não desistir."

Resposta

Meu irmão,
Seu desabafo muito me comove. Pedro foi mesmo sábio quando, ao aconselhar os jovens, declarou: "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo" (II Pe 5:8,9). Eu também sou um jovem (tenho 18 anos), também namoro a mesma garota faz tempo (desde os 15 anos), também somos virgens e também já passamos de muitos limites. Logo, só posso concordar com Pedro: as mesmas aflições se cumprem entre os irmãos de todo o mundo. Nosso adversário ruge ao nosso redor tentando tragar-nos com nossas próprias paixões. Eu passava por problemas muito parecidos com o seu. Hoje, essas lutas são muito mais amenas e raras, mas, antes, a derrota era constante e devastadora. Saiba: eu conheço muito bem o seu problema, já o sofri intensamente e quase todo irmão que tem nossa idade passa ou já passou por problemas no mínimo muito parecidos.

Sabe, eu sou uma criança, assim como você. Um homem, e não um garoto, deveria estar te aconselhando aqui. Fico feliz que seu pastor esteja te dando apoio, consolo e disciplina amorosa. Ame este homem e agarre-se nele o máximo possível. Freqüente a casa dele, ore com ele, cresça com ele, amadureça com ele. “O que anda com os sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído” (Pv 13:20). Encontre homens que amem a Cristo, amem a Escritura e amem a Santidade. Ande o máximo com eles, pois te ensinarão sobre como ser um homem bíblico. Seu pastor e bons amigos serão peças importantes para te dar força neste momento de luta.

Amigo, primeiramente, não desista. Você não está sozinho em sua luta. É Deus quem opera em nós tanto o querer como o realizar em nossa santificação (Fp 2:12,13). É Ele que nos dá força e nos faz andar de acordo com a Verdade. Clame desesperadamente ao que pode te santificar. Como disse Al Martin, Fé salvadora é o arremesso desesperado de uma alma desesperada nos braços de um Todo-Poderoso Salvador. Arremesse-se a Cristo. Lance-se n’Ele. Você não pode fazer nada só. Você precisa esmurrar seu corpo e fazer dele seu escravo (I Co 9:27), mas você não conseguirá sem jogar-se confiante e desesperado nos braços de Cristo.

Quando minha luta contra esse pecado era mais intensa, eu pude listar uns poucos conselhos bíblicos. Creio que te servirão:

Seja apaixonado por Jesus. Deus não retira de nós as paixões pelo mundo quando clamamos a Ele, Deus nos oferece uma paixão maior. Não deixamos de possuir "paixões da mocidade" (II Tm 2:22) quando cremos em Cristo, mas a paixão por Jesus deve arder tão forte em nós que as outras paixões são ignoradas e mortificadas. Busque Cristo nas Escrituras, veja boas pregações e ore bastante. O Fogo por Deus deve estar aceso no seu coração. Ainda que você esteja fraco, "[Ele] não... apagará o pavio que fumega" (Is 42:3).

Lembre que você é um peregrino. Pedro, em sua primeira carta (2:11), nos diz que devemos abster-nos dos desejos da carne que fazem guerra contra nossa alma. Ele deixa claro que fala isso "como a peregrinos e forasteiros". Precisamos tomar posse desta consciência de que não pertencemos a essa terra. Não devemos olhar para esse mundo como nosso. O sexo, a masturbação, a pornografia são coisas passageiras e terrenas. Há um prazer e uma alegria muito mais profunda e duradoura nos céus. Olhe para o alto: lá é a sua terra, não aqui. Livre-se de bobagens e futilidades terrenas. Ponha sua mente e seu coração no que vem de Deus.

Fuja! Imagine essa cena: “Você é um lutador e seu mestre está falando sobre seus adversários. Ele diz: está vendo aquele homem? Lute contra ele. Está vendo aquele outro? Resista contra ele. Agora, sobre aquele terceiro ali, não chegue nem perto. Fuja dele! Fuja!”. Nesta analogia, vemos uma verdade bíblica muito importante. Em Efésios 6:10-12 somos ordenados a resistir ao diabo. Em Tiago 4:7 somos, também, ensinados a resistir a Satanás. Já em II Timóteo 2:22 somos ordenados a fugir das paixões da mocidade. Sobre este ponto, Paul Washer diz que “isto demonstra que a paixão da sua carne e a sensualidade desenfreada da sua cultura é mais perigosa do que uma batalha face a face com o diabo”. Washer continua:

“Eu conheço inúmeros jovens cristãos que demonstraram evidências genuínas de conversão, e ainda assim ao entrar em uma relação com o sexo oposto, eles caíram em imoralidade. Eu sei que eles memorizam as Sagradas Escrituras, oram, e até jejuam para serem puros na sua relação, e mesmo assim eles caíram. Por quê? Porque eles não entenderam que todas as disciplinas espirituais das Sagradas Escrituras não poderiam salvá-los das paixões da juventude. Eles tentavam lutar uma batalha enquanto Deus os ordenou a fugir. Resumindo: Você não pode ficar sozinho em um relacionamento com uma pessoa do sexo oposto durante um período extenso de tempo sem cair. Por isso, vocês nunca devem ficar sozinhos em uma casa, carro, ou qualquer outro lugar onde a luxúria e os desejos podem ser acesos e o fracasso é certo.”

Fugir foi a maior ferramenta de santificação de Deus na minha vida. Ficar sem beijar minha namorada, não estar sozinho com ela, praticamente só namorar por telefone e em locais bastantes públicos foram modos que usamos para fugir de nossos desejos. Fuja também. Não ache que você terá forças para resistir. A melhor forma de lutar, neste caso, é fugindo. Funcionou comigo, funcionou com outros cristãos, peço a Deus que funcione com você.

Ocupe-se com o Reino. Temos o péssimo costume de abandonar todas as nossas atividades onde nos congregamos quando estamos caindo constantemente no mesmo pecado. Não faça isso. Continue servindo aos seus irmãos como você servia antes. Se possível, sirva até mais. Isso vai te deixar ocupado e te impedirá de gastar seu tempo com o que é vão. Não desperdice sua juventude, gaste-se na Obra de Deus. Os dias que você tirava para namorar, tire agora para evangelizar junto de sua namorada. Eu sei, será super desgastante e você vai ter a sensação que está se distanciando de quem você ama. Eu senti isso no começo, mas, na verdade, vocês estarão crescendo na graça de Deus e fortalecendo a união de vocês. Procure ministérios de evangelismo, traduza textos, freqüente pequenos grupos que sejam realmente bíblicos, pregue nas ruas, leia as Escrituras. Viva de um modo que você possa, daqui a alguns anos, olhar para traz no tempo e dizer: para o mundo, eu joguei minha juventude fora; mas para Deus, eu estava mais vivo que qualquer outro.

Confie que Cristo te dará forças. Vou deixar apenas Deus falar neste ponto, Ele se expressa melhor que eu: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fp 1:6). “Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo (I Pe 1:5-7). “Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai” (Jo 10:29). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória...” (Jd 24). “Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia” (II Tm 1:12).

Case. Paulo disse que “... se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se [ou arder em desejo]“ (1 Co 7:9). Planeje-se para seu casamento. Abra mão de um mestrado para poder casar logo. Transfira seu curso para a noite para poder trabalhar durante o dia. Você conhece sua rotina e seus planos, analise-os com cuidado e se planeje, junto com sua namorada, para casar. Hoje em dia, criamos um milhão de dificuldades para adiar o casamento. Claro que é um passo importantíssimo na nossa vida, mas acabamos procrastinando demasiadamente o matrimonio. Eu, por exemplo, só pretendo fazer meu mestrado depois de algum tempo de casado e se eu conseguir bolsa pra tal, com isso, posso casar-me alguns anos mais cedo. Olhe para sua vida, converse com sua namorada e vejam o que pode ser feito. Claro, ore bastante sobre tudo. “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR” (Pv 16:1).

Foras essas dicas bíblicas, eu possuo algumas dicas práticas que funcionaram comigo e com outros irmãos. Todas elas foram vividas por mim e, graças a Deus, funcionaram. Aconselhei sobre isso para alguns amigos e funcionou com eles também. Oro a Deus que funcione com você:

Abra mão do beijo. Simplesmente não beije. Parece duro, mas depois de um tempo você vai ver como é abençoador. O beijo não é pecado, mas pode levar ao pecado, como quase tudo na vida. Como você está fraco, é bom cortar de vez o beijo. Eu e minha namorada não conseguimos instantaneamente, logo, começamos a namorar apenas por telefone (o que foi complicado para nós, já que somos vizinhos). Isso, além de livrar de pecados, vai ajudá-los e tornar a união de vocês mais forte.

Tenha casais amigos. Nada melhor do que possuir amigos que também namoram ou são casados. Cristãos, preferencialmente. Vocês poderão sempre sair juntos para algum restaurante ou para o cinema, etc. Eu e minha namorada temos dois casais de amigos cristãos e é ótimo sairmos juntos. E o melhor, você não precisa abrir mão de momentos românticos por estar em grupo. Os casais só precisam se separar um pouco para ter um momento de intimidade. Mas lembre, no começo, é bom maneirar em ficar sozinho com a namorada.

Orem juntos. Disciplina de oração é ótimo para a vida cristã e para o seu relacionamento. Encontrem grupos de oração ou irmãos dispostos a orar com vocês. Cuidado: nada de ficarem sozinhos para orar, o pecado está a porta! Sempre orem em comunhão com outros crentes.

Conversem sobre coisas do alto. Namorados precisam conversar, claro. Mas muitas vezes as conversas são fúteis e tolas. Adquiriam a rotina de ler sempre as Escrituras, bons livros e ver boas pregações. Não só isso, mas conversem sobre o que aprenderam. O pecado perderá força contra vocês naturalmente, pois estarão sendo santificados pela Palavra de Deus em seus corações.

Claro, tudo isso é uma luta. Uma verdadeira guerra. Não é nada fácil. Às vezes, na guerra contra o pecado, precisamos resistir ao extremo de derramar o próprio sangue (Hb 12:4). Se nada funcionar, e que Deus repreenda isso, esteja disposto a arrancar olhos, mãos e pernas (Mt 5:29). Se preciso for, acabe com seu namoro. É melhor entrar solteiro no céu do que casado no inferno. Essa não é a escolha primária. Lute contra seu pecado. Mas se nada, mesmo com toda a luta do mundo, funcionar, medidas drásticas precisam ser tomadas.

Para finalizar, lembre-se: sentir sujo, nojento, pecador e depravado por conta de nosso pecado, até certo ponto, é algo bom, pois revela nossa tristeza com nossos erros e evidência nossa regeneração. Agora, isso não deve nos parar e roubar nossa alegria em Cristo. Davi, quando pecou sexualmente, escreveu um salmo a Deus e disse o seguinte: "Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário" (Sl 51:12). Ore para que você alegre-se novamente diante da obra de Cristo por um depravado como você. Quão maus nos somos, e quão bom Cristo é!

Você está, desde já, em minhas orações. Clamo a Deus que Ele te dê forças assim como Ele tem me dado. Depois de quase dois anos praticamente só de fracasso, Deus me deu forças para lutar. Saiba: na força de Deus, é possível vencer qualquer pecado. Cristo já os derrotou na cruz, nossa vitória é certa, n’Ele venceremos.

"ME ENGANA QUE EU GOSTO!"

"Me engana que eu gosto!"

“Os profetas profetizam falsidade, os sacerdotes dominam com autoridade própria, e o meu povo gosta disso. Mas o que fareis quando isso chegar ao fim?” – Jeremias 5.31 – Almeida Século 21.

Para Deus, “uma coisa espantosa e horrível” (Jr 5.30). Mas para o povo de Deus algo muito agradável. Os profetas profetizavam falsamente, e os sacerdotes, sem a autoridade de deus, usavam sua própria autoridade, para dominarem o povo. E este gostava da situação.

Qual era a profecia falsa dos profetas do tempo de Jeremias? Se ler o livro, você vai ver que era de um só tipo: eles anunciavam apenas coisas boas, nunca o juízo. E acusavam Jeremias de ser um homem duro em sua pregação. Deles, Deus disse que curavam superficialmente a ferida do povo, anunciando coisas boas (Jr 6.14). Mas, sem se preocupar em ter ibope, Jeremias disse deles que “agem com falsidade, desde o profeta até o sacerdote” (6.13). Jeremias era um homem desagradável. Falava de pecado, de juízo e chamava o povo ao arrependimento. Fosse pastor evangélico hoje, Jeremias seria um “dinossauro, um jurássico”, daqueles que anunciam coisas do passado. Os falsos profetas teriam um vasto fã clube, porque os pecadores não gostam de ser advertidos, mas adulados.

Os homens sem Deus querem coisas boas. Membros de igrejas que não têm uma conversão autêntica querem coisas boas. Os contemporâneos de Jeremias queriam profetas que dissessem “Paz, paz!”. Mas, “não há paz” (Jr 6.14). Os nossos contemporâneos querem pregadores que lhes anunciem felicidade e prosperidade, mas não há isto para o pecador impenitente.

Há crentes que querem ser adulados. O profeta contemporâneo não deve ter como preocupação ser um bajulador de pessoas. Sobre pregadores bajuladores, Paulo disse: “Porque os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos inocentes” (Rm 16.18). Um pregador que se preza faz como Paulo: anuncia todo o conselho de Deus (At 20.27). E crentes sinceros, que querem crescer, não se rebelam quando corrigidos ou quando seus pecados são apontados, mas se corrigem.

Muitos pregadores gostam de bater em Davi por causa de seu pecado com Urias e Bate-Seba, mas se esquecem de uma virtude sua. Ao ser acusado por Nata, ele imediatamente exclamou: “Pequei contra o Senhor…” (2Sm 12.13). E embora muitos pregadores não perdoem a Davi, Deus o perdoou: “Também o SENHOR perdoou o teu pecado”. Reconhecer seus pecados, confessá-los e pedir perdão (veja os salmos 32 e 51, compostos na ocasião) é sinal de grandeza espiritual. O povo de Deus precisa reconhecer seus pecados e pedir perdão. Deve amar a correção, porque ela nos torna melhores.

Há gente que gosta de ser enganada. E que quer massagem no ego. Gosta de ouvir que vai saquear riquezas dos ímpios e ficar rico. Há gente que quer melhorar seu relacionamento com Deus, quer almeja a santidade, que busca uma vida agradável ao Senhor. O primeiro tipo faz parte do time “Me engana que eu gosto”, e que ama mentiras e ouvir coisas boas. O segundo tipo faz parte do time que busca a Deus mais que coisas ou situações. Ama a verdade e se realiza em praticá-la.

Como pessoa a quem Deus vocacionou para o ministério, mesmo com todas as minhas limitações e meus pecados, não quero ser um enganador. E como ovelha (porque sou do rebanho do Senhor), quero ser alguém que ouça todo o conselho de Deus. A grande luta que devemos travar conosco é esta: querer ser melhor, e não querer ouvir o melhor. E devemos dizer: “Não me engane, que não gosto”. Amemos a verdade.

Pr Isaltino Gomes Coelho Filho

 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Paul Washer - Orar E Estar a Sós Com Deus [ Completa ]

Julgamento de Deus - David Wilkerson e Leonard Ravenhill

ESTUDOS BETESDA / MARCOS / LIÇÃO 9

O DEUS QUE REJEITA OS “JUSTOS” E AMA OS PECADORES

Mc 2:13-28

Chegamos a um momento da história de Jesus, em que Ele deixa bem claro a quem busca e a quem rejeita. Dois grupos se formam através dessas 4 histórias (A chamada de Mateus, comendo com pecadores, A questão do Jejum e a guarda do sábado), são eles:
• Os justos aos seus próprios olhos;
• Os pecadores que recebem a Jesus.
Veremos então neste estudo, o perfil desses dois grupos e faremos uma aplicação em nossas vidas.

JUSTOS AOS SEUS PRÓPRIOS OLHOS
Este grupo é formado por escribas, fariseus e por todos aqueles que entendiam que a sua prática religiosa ou suas qualificações morais os tornavam aceitáveis diante de Deus e em melhor condição que as demais pessoas. Este grupo ainda está presente em nosso contexto religioso e social, são aqueles que por possuírem uma prática religiosa ou um posicionamento moral definido, se julgam melhores que os demais. Notem bem, quanto ao posicionamento moral não me refiro ao rigor da moral e da ética somente, pois hoje vemos pessoas que se julgam melhores que as demais por sua liberalidade moral e ética. Veja por exemplo os grupos que defendem as questões mais polêmicas de nossa sociedade (homossexualismo, liberação das drogas e aborto) todos eles se julgam mais esclarecidos e, portanto donos da razão. Em contra partida podemos encontrar também os religiosos, sejam de qualquer grupo, que na maioria são extremamente agressivos a posicionamentos contrários ao seu, isto os torna tão errados quanto os demais.

Encontramos na Bíblia diversos textos que nos relatam que a nossa justiça diante de Deus é como “trapo de imundícia” e que ninguém é justificável diante de Deus por suas qualificações, todos somos recebidos por Deus por um ato de sua Maravilhosa Graça. Portanto devemos tomar cuidado para não ser um FARISEU GOSPEL ou um LIBERAL GOSPEL.

NOSSA MORAL E NOSSA RELIGIOSIDADE DEVEM SER DITADAS PELAS ESCRITURAS E NÃO PELA CULTURA OU PELAS PRÁTICAS RELIGIOSAS CONTEMPORÂNEAS

Vejamos quais foram às questões que os “justos” se prenderam:
1. “Por que come ele com os publicanos e pecadores?” 2:16 – Para os religiosos, esses dois grupos eram o pior tipo de pessoa que poderia existir.
 • Publicanos – Eram judeus que trabalhavam para o Império Romano, cobrando impostos de seus irmãos judeus. Eram homens corruptos e portanto:
o Suas ofertas não eram aceitas no templo;
o Não podiam entrar no tempo;
o Seu testemunho não era aceito;
o Não podiam ser juízes de nenhuma causa;
o Sua desonra estendia-se até sua família.

• Pecadores – Pessoas de má fama, bem como os que se recusavam a seguir a Lei Mosaica conforme interpretadas pelos mestres da Lei. O termo era comumente aplicado a cobradores de impostos, adúlteros, assaltantes e outros.
Vejam que eles fazem uma distinção entre os dois grupos, isso se deve ao fato deles considerarem os publicanos um grupo ainda pior do que aqueles pecadores.
Jesus então entra na casa de um publicano (Mateus), senta-se a mesa com ele e tem comunhão. Sentar-se a mesa era um ato de profunda comunhão e amizade, somente as pessoas mais próximas e queridas eram convidadas para sentar-se a mesa da comunhão com um judeu.

A Resposta de Jesus:
“Os sãos não precisam de médicos, e sim os doentes; não vim chamar justos e sim pecadores” v.17
Os religiosos estavam cegos por seus preconceitos e não conseguiam ver que a Graça de Deus e o seu amor são para todos os homens, e ali estavam doentes que precisavam do Médico dos médicos.
Temos que tomar muito cuidado para não nos tornarmos como aqueles religiosos, extremamente seletivos e cheios da cegueira da religiosidade. Vivermos uma vida cheia de “não me toque” e distanciada das pessoas que precisam de cura. Isso não quer dizer que devemos fazer qualquer coisa ou estar em qualquer lugar com a justificativa de pregar o evangelho. Não podemos confundir liberdade com irresponsabilidade, precisamos pedir a Deus sabedoria e a estratégia certa.
2. “Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam?” v.18
Sobre o jejum, vejamos algumas questões importantes:
o Na Lei Mosaica existia um dia oficial (obrigatório) para o jejum, era o dia da “Expiação” (Lev.16:29-34; 23:27-32; Num.29:7). O termo aqui usado para jejum é “afligir a alma”.
o Após o exílio babilônico, surgiram outros 4 dias de jejum anual obrigatório (Zc.7:5; 8:19)
o Os fariseus jejuavam 2 vezes por semana (Lc.18:12)
o Vemos em toda Bíblia, diversos homens de Deus que jejuaram: Davi (II Sam.12:16), Esdras (Ed.8:21), Paulo (II Cor.6:5) e até mesmo Jesus (Mat.4:2).

A Resposta de Jesus:
Aquele não era o momento para seus discípulos jejuarem, pois o noivo ainda estava entre eles, mas chegaria o momento em que o noivo lhes seria tirado aí sim eles deveriam jejuar.
“Não se coloca vinho novo em odres velhos”, o que Jesus tinha para oferecer era algo novo, com vida e a “velha religião” não conseguiria suportar.

Duas coisas muito importantes não podemos deixar de observar nessas respostas que Jesus dá:
1) Jesus não descarta o jejum, ele na verdade mostra em diversos textos a sua necessidade e a sua importância
• Mateus 17:21
• Mateus 26:41
Veja algumas frases interessantes sobre o jejum!
JEJUM É FOME DE DEUS

QUANDO JEJUAMOS NÃO É DEUS QUEM MUDA, NÓS É QUE MUDAMOS

JEJUM É MATAR A CARNE E FORTALECER O ESPÍRITO

O JEJUM TRAZ UNÇÃO E AUTORIDADE

GRANDES HOMENS FORAM HOMENS QUE TINHAM O JEJUM COMO DISCIPLINA ESPIRITUAL

QUANDO JEJUAMOS, VEMOS QUEM DE FATO TEM SIDO SENHOR DE NOSSA VIDA

Para uma maior compreensão sobre o assunto, indico o livro: “Fome de Deus” de John Piper.

2) O que Deus tem para nós é sempre o melhor, mas não cabe dentro de um coração soberbo, cheio de religiosidade, preocupado com as opiniões contrárias. Deus procura homens dispostos a ser como um vaso de barro (simples, humilde e puro), que mate seu eu e sua carne.
DEUS PROCURA HOMENS QUE O AMEM ACIMA DE TODAS AS COISAS E QUE SÓ TEMAM O PECADO

Querido irmão, não me excluo dessa busca de Deus! O meu desejo é que Ele também encontre em mim esse tipo de homem!
3. “Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados?” – Os religiosos ficam “loucos” com Jesus, porque Ele trabalha (colhe espigas) no sábado. Para eles o sábado era santo e, portanto não era permitido nenhum tipo de atividade, chegavam a ter limite de passos para se dar neste dia.

A grande pergunta é:
QUAL É O DIA CERTO PARA O CULTO CRISTÃO?
SÁBADO OU DOMINGO?

Sábado é o sétimo dia da semana, consagrado a Deus porque após os seis dias da criação o Criador descansou (Gn. 2:2). Era um dia festivo (Ex. 16,4-36; 35:1-3; Is 1:13), no qual o israelita se abstinha de qualquer trabalho (Ex. 20:8-11; Ez. 46:1-12) e se dedicava à oração (Ex. 31:13). Sábado é também o dia do anúncio dos bens futuros, escatológicos (Is 56:1-6; 58:13; Jr 17:19-27; Ez 44:1-12).
Mas, quando Cristo veio, o jugo dos fariseus fizera do sábado um dia de escravidão (Mt 12:1-14; Lc 6:6; 13:10-17; Jo 5:9-18; 7:21-24; Cristo transforma o sábado no dia da sepultura (Lc 23:53,54; Jo 19:31-42) e fixa para o dia seguinte (domingo) o dia da Ressurreição, da libertação, da nova criação (Mc 16:2-9; Jo 20:1.19).
O domingo é o dia em que o Senhor se manifesta (Jo 20:16-26) e transmite o seu perdão (Jo 20:19-23). É o dia da reunião da comunidade cristã (At 20:7; 1 Cor 16:2).
Temos que tomar cuidado para não sermos adoradores do sábado e nem do domingo. Existem grupos (adventistas) que até atribuem a salvação do homem a guarda do sábado, isto é uma heresia, pois a salvação deixa de ser uma ação da Graça de Deus ao homem e passa a estar sujeita ao que o homem faz (salvação meritória).
Paulo vai tratar dessa questão em Rom.14:1-8, dizendo que não devemos desprezar (v.3) ou julgar (v.4) alguém por questões de comida ou dia de culto.
Jesus trata dessa questão dizendo que o sábado existe por causa do homem e não o homem por causa do sábado e vai dizer também que ELE É O SENHOR DO SÁBADO (Mat.12).
JESUS É O SENHOR DO SÁBADO
 
PECADORES QUE RECEBEM A JESUS
Nenhuma história na Bíblia é contada de maneira tão curta quanta a de Mateus (Dádiva de Deus), o texto diz que Jesus passou, o viu, chamou e ele o seguiu. História contada de maneira rápida e simples, mas que nos mostra verdades profundas do ministério de Jesus. Vejamos:
1) Jesus não rejeita o pecador, ele condena é o pecado - Não podemos discriminar ou rejeitar pessoas pelo seu estilo de vida, o que devemos fazer é ser bem claros quanto ao que a Bíblia diz, e mostrar através de nossa vida o quanto Jesus lhe ama.
2) Jesus vai até o pecador, não é ele que vai até Jesus – Isso significa que devemos ir até aqueles que estão doentes do corpo e da alma.

DIVERSAR IGREJAS TEM INVESTIDO A MAIOR PARTE DO SEU TEMPO E RECURSOS EM ATIVIDADES A QUATRO PAREDES, ESQUECENDO-SE DE SUA NATUREZA E MISSÃO

3) Jesus não somente o salva como também o discipula – Uma igreja precisa se preocupar com a salvação do perdido e com o seu amadurecimento. O texto vai dizer que Mateus o seguiu e caminhou com Ele. Para se discipular é preciso ser exemplo e pagar o preço de cuidar de um menino na fé.
4) Jesus vai até sua casa e come com seus amigos – A salvação precisa ser compartilhada em casa, é lá que tudo deve começar! Jesus não somente come em sua casa, como também vai até seus amigos. Isso significa que nós precisamos compartilhar a mensagem do evangelho com nossa família e amigos.
5) A obediência de Mateus é imediata – Quando Deus chama o homem, não podemos apresentar desculpas ou justificativas. Quando Deus nos chama, a melhor coisa a fazer é obedecer à voz do mestre.
Este estudo nos faz um alerta em relação aos perigos de uma vida religiosa sem vida e nos chama a obedecer imediatamente ao chamado do Mestre. Lembre-se:

“OS SÃO NÃO PRECISAM DE MÉDICO, E SIM OS DOENTES; NÃO VIM CHAMAR JUSTOS, E SIM PECADORES AO ARREPENDIMENTO”

DISSE JESUS: SEGUE-ME! ELE SE LEVANTOU E O SEGUIU.

Pr Fulvio Santos
A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA

ESTUDOS BETESDA / I CORÍNTIOS / PARTE 16

SOMOS MORDOMOS DE CRISTO
I Coríntios 16

A questão:
Paulo está encerrando sua primeira carta a Igreja de Corinto fazendo algumas recomendações, e demonstrando gratidão a Deus pela vida daqueles que tem cooperado na obra do Senhor. Neste momento ele não vai tratar de assuntos tão polêmicos quanto o que já havia sido falado, mas nem por isso este capítulo deixa de ser tão importante quanto os demais. Seu tema principal neste momento é a mordomia do: Dinheiro, tempo e relacionamento.

O que Paulo diz?
Paulo chega ao último momento dessa sua carta saindo de uma abordagem sobre a ressurreição dos mortos com a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (cap.15), e inicia tratando de um assunto que geralmente não é visto como espiritual mas humano e mais especificamente financeiro e de ordem pessoal. Na verdade ele vai falar sobre três assuntos relacionados a MORDOMIA.
Mordomia = Cargo ou ofício de mordomo.

Mordomia do Dinheiro (vs.1-4)
Segundo as regras da homilética (ciência ou arte do discurso cristão), o último argumento de um discurso deve ser o mais forte, ou seja, ele deve caminhar para um clímax onde a parte final levará os ouvintes a refletir e tomar decisões. Evidentemente que Paulo não estudou sobre essas regras, mas ele deixou para no final abordar a questão do dinheiro por questões semelhantes. O que para nós não passa de um assunto puramente humano, para Deus a questão é tão espiritual quanto os demais assuntos anteriormente tratados, vejamos por quê:
Jerusalém vivia em dificuldades financeiras (At.11:27,28) – Um profeta chamado Ágabo havia profetizado que nos tempos do imperador Cláudio, haveria de ocorrer uma grande fome, o que de fato ocorre. O problema aumenta ainda mais quando Estevão sofre o martírio, pois somente os apóstolos permanecem na cidade, os demais crentes precisaram deixar suas propriedades e fugir (At.8:01).
“Alguns comentaristas, como Agostinho, sugerem que essa crise econômica foi resultado da política adotada pelos irmãos de venderem suas propriedades e dividir os recursos entre as pessoas necessitadas. Assim, a pobreza teria se democratizado e alastrado.” Rev Hernandes Dias Lopes

Veja como as Igrejas participam das dificuldades financeiras dos crentes de Jerusalém.
“A igreja de Antioquia já havia enviado uma ajuda financeira para os pobres da igreja de Jerusalém (At. 11:29,30).
Oito anos antes de escrever esta carta Paulo tinha se comprometido com os apóstolos Pedro, Tiago e João, os líderes da igreja de Jerusalém, que faria algo pelos pobres (Gl 2:10). Paulo estava comprometido não apenas a pregar o evangelho, mas também a assistir os pobres. Evangelização e ação social precisam andar juntas.
Paulo entendia que as igrejas gentílicas deviam abençoar financeiramente a igreja de Jerusalém pelos benefícios espirituais recebidos dela (Rm 15:25-27).
Paulo escreveu 2 Coríntios, mais ou menos um ano depois de 1 Coríntios. Ele dá testemunho de que este projeto de levantamento de ofertas para a igreja pobre de Jerusalém tinha sido um sucesso (2 Co 8:2-4).
Dois anos depois quando ele fez um apelo à igreja de Roma, ele inclui Corinto (Acaia) como um bom exemplo (Rm 15:26).”  Rev Hernandes Dias Lopes

Princípios para a contribuição:
1) A contribuição não deve estar limitada as paredes de sua igreja (v.1)
Paulo diz que ordenou às igrejas da Galácia a fazerem uma coleta para os santos, e que os crentes de corinto também deveriam seguir esta orientação. Assim também nós, não devemos nos contentar em contribuir e abençoar nossa igreja, mas precisamos ter visão de Reino.
A igreja é a única organização que não vive para si mesma. Uma igreja missionária é uma igreja viva, do ponto de vista da evangelização e solidária, do ponto de vista da ação social.
Devemos em primeiro lugar olhar para as pessoas da nossa casa (I Tm.5:8), depois para os “domésticos da fé” (Gl.6:10) e também para as pessoas que não fazem parte do nosso meio social.

2) A contribuição é um ato de adoração (v.2)
Ele determina que o dia do levantamento das ofertas fosse o domingo, exatamente no dia em que a igreja se reunia para o culto em comunidade. Isso não foi por acaso, ele estava ensinando o princípio da oferta como forma de adorar a Deus (Fp.4:18).

3) Participação familiar (v.2)
“Ponha a parte em casa”, desta forma os crentes são orientados a separarem suas contribuições. A participação familiar é uma forma de demonstrarmos unidade de propósito e de ensinarmos nossos filhos a alegria e o prazer que existe em contribuirmos.
Querido irmão, ainda que a oferta aos seus olhos seja pequena, não deixe de envolver sua família neste momento. Ensine seus filhos a importância que há em sermos gratos a Deus e devolvermos parte do que Ele nos tem dado.

4) Contribuição proporcional (v.2)
Ninguém deve ser sobrecarregado, todos devem participar de maneira que sendo pouco ou muito, todos estejam envolvidos. Lembre-se da viúva pobre que ofertou apenas duas moedas e foi a maior de todas as ofertas (Lc.21:1-4).
Um cristão de coração aberto não pode manter a mão fechada!!

5) Transparência na administração do dinheiro (vs.3,4)
O levantamento das ofertas tinham um objetivo claro e também já havia pessoas responsáveis em administrá-los.
Infelizmente em algumas igrejas você não encontrará nenhuma prestação de contas referente aos valores arrecadados e as despesas pagas. Nós prezamos pela transparência na administração dos recursos da igreja, elegendo membros que sejam responsáveis pela administração dos recursos e outros membros para a conferência de tudo que se faz com o dinheiro, além de haver a possibilidade de a qualquer momento os membros poderem examinar os documentos que deram origem aos relatórios. A transparência gera credibilidade e serve de bom testemunho para um mundo tão corrupto. Paulo tinha a responsabilidade em ter ao seu lado pessoas eleitas pela igreja e que pudessem ser responsáveis pela administração dos recursos (II Cor.8:16-24).

Mordomia do tempo (vs.5-9)
Nestes versos ele relata como sua agenda está cheia e como existem coisas que ele gostaria de fazer, mas que existem prioridades em sua vida. Assim também somos nós e nossa igreja, muitas coisas temos para fazer durante o dia, dormimos muitas vezes pensando no que temos para resolver no dia seguinte, mas existem algumas prioridades que você deve estabelecer em sua vida.
Seu relacionamento com Deus – É uma questão de vida ou morte espiritual, pois caso você não separe aquele momento no dia em que você vai parar tudo para ouvir a voz de Deus (Bíblia) e vai abrir o coração para Ele (oração), você vai morrer espiritualmente e todas as demais coisas na sua vida irão de mal a pior. Caso seja necessário, acorde mais cedo ou durma mais tarde, mas nem pense que é possível ser bem sucedido em seus planos sem que Deus faça parte dele (Pv.16:01).
Seu relacionamento familiar – Não troque sua família por um programa da televisão e nem por qualquer roda de amigos e nem mesmo pela sua igreja. Entenda, depois de Deus sua família vem logo em seguida. Em muitos momentos o que sua família precisa não é de dinheiro ou grandes presentes, mas de atenção e carinho.
Sua Igreja – Não troque a oportunidade de estar em sua igreja por qualquer coisa. Por mais que em alguns momentos as relações na igreja fiquem tensas ou não estejam exatamente como você gostaria, é lá que Deus ordena a benção (Sl.139) e é lá que abençoaremos e seremos benção para nossos irmãos.
Seu trabalho e estudos – Crente preguiçoso e irresponsável com seus estudos e trabalho, está sendo um péssimo testemunho para os incrédulos. Procure fazer o melhor que você puder em seu trabalho e em seus estudos, Deus se agrada desse tido de comportamento.
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.” Ef.5:15,16

Atenção para as portas que Deus abre (vs.8,9)
Esses versos vão dizer que a porta que foi aberta por Deus, veio acompanhada de dificuldades. A porta que Deus havia aberto para Paulo era a pregação do evangelho em Éfeso e foi lá que ele enfrentou grandes lutas, vejamos:
Paulo enfrentou oposição das forças espirituais do ocultismo. Éfeso era uma cidade profundamente marcada pelo ocultismo e pela feitiçaria. Quando as pessoas se converteram, elas vieram a público e queimaram seus livros de magia e de ocultismo (At.19:19).
Paulo enfrentou a oposição da associação de ourives liderada por Demétrio. A evangelização desarticulou o mercado de imagens da deusa Diana. Houve um rebuliço na cidade (At.19:23-40).
Paulo enfrentou a oposição da hierarquia judia (At.19:8,9). Os judaizantes de Éfeso se opuseram a Paulo. Ao mesmo tempo em que Paulo foi encurralado pela oposição dos judaizantes, também diz que uma grande porta se lhe abriu. O fato de Deus abrir as portas não significa que vamos ter passagem fácil e as dificuldades também não significam que nos desviamos da vontade de Deus.
“Mar em todas essas coisas somos mais do que vencedores!!” Rm.8:37

Mordomia dos Relacionamentos (vs.10-24)
Paulo faz amigos e ganha irmãos. Sua prioridade são as pessoas e por isso ele as relaciona nominalmente e as encoraja. Algumas pessoas a medida que vão se tornando bem sucedidas na igreja ou na vida social, vão se distanciando daqueles que são seus verdadeiros amigos, passam a valorizar suas conquistas (financeiras, espirituais ou profissionais) mais do que as pessoas e isso as torna mais distantes e mais rígidas nos seus relacionamentos.
Cuide bem dos seus amigos, pois eles são preciosos e eles podem se tornar em determinados momentos como um irmão (Pv.17:17)

Princípios Bíblicos
• Mateus 25:14-30
• Filipenses 4:18
• I Timóteo 5:8
• Gálatas 6:10
• Efésios 5:15,16

Perguntas
• O que significa o crente ser um mordomo?
• O que significa a mordomia do dinheiro, do tempo e dos relacionamentos?

Conclusão:
É impressionante como a cidade de Corinto se assemelha as características sociais e espirituais do Brasil e mais especificamente da nossa cidade, o Rio de Janeiro. Da mesma maneira que Corinto era rica, passagem para muitas pessoas de outras nações, assim também é a nossa cidade.
A Igreja que nasce como fruto da dedicação de Paulo, uma família (Áquila e Priscila) e principalmente pela graça de Deus, permite que os valores desta cidade entrem dentro dela e cause muitos problemas. Portanto em toda a carta vemos Paulo exortando e aconselhando a Igreja a não ceder aos valores do mundo.

Algumas coisas são muito importantes nós relembrarmos nesse final de estudo do livro, são elas:
• A Igreja possuía todos os dons, mas não tinha o principal deles (amor) (cap.1:7) – Precisamos ter cuidado para não agirmos da mesma forma, sermos muito bom naquilo que fazemos, mas fazermos sem o amor que Deus requer de nós.
• A principal chamada de Paulo a igreja está no Cap.1:2, onde é dito que Deus os chamou para ser santos. Se de tudo o que foi estudado nós guardarmos em nosso coração que o nosso chamado não é para fazermos coisas dentro da igreja e sermos visto e aplaudido pelos homens, é um chamado para sermos santos.
Que Deus assim nos transforme dia após dia na Sua imagem e que sejamos mais semelhantes ao nosso Senhor Jesus Cristo.
Pr Fulvio Santos

A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Matando o Velho Homem



"Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza,
a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria."
Colossenses 3:5

Avivamento - a esperança de hoje


Destaque de Fevereiro: Oração

ESTUDOS BETESDA / MARCOS / LIÇÃO 8

NOSSA VISÃO DETERMINA NOSSAS AÇÕES

Mc 2:1-12
Mt 9:1-8
 Lc 5:17-26

Existe um contraste entre o capítulo 1 e 2 de Marcos. O primeiro é o capítulo da glória, pois é nele que Jesus tem o seu ministério ratificado pela Palavra (1:2), pelo profeta (1:7-8), por Deus (1:11) e pelo Espírito Santo (1:10), além disso vemos também sua autoridade sobre demônios e enfermos, trazendo sobre ele o cumprimento das profecias. Já no capítulo 2 surgem as oposições ao seu ministério, que vão desde as multidões que o buscavam somente por seus milagres, até os religiosos que buscavam um motivo para acusá-lo. Mas nós vamos poder observar que mesmo tendo tanto opositores que buscavam n’Ele algo em que o pudessem atacar, não foi possível encontrar em Jesus nenhum pecado (Heb.4:15).

“Embora muitos religiosos buscassem algo para condená-lo, não foi achado em Jesus pecado algum”

Para estudarmos melhor estes versos, vamos dividi-lo em algumas partes que julgamos serem importantes para melhor compreendê-lo.

Jesus após visitar algumas cidades e vilas da Galiléia, volta para Cafarnaum, que serve como um quartel general para o seu ministério e é chamada na Bíblia como a cidade de Jesus (Mat.9:01). Ele nasce em Belém, é educado em Nazaré, mas escolhe Cafarnaum para habitar desde que foi expulso pelos nazarenos (Mat.4:13), é esta cidade que ele usa como base para os 3 anos de seu ministério.

Em Cafarnaum Ele está em uma casa, provavelmente a casa de Pedro (1:29), cercado de pessoas de todos os tipos, vejamos alguns tipos de pessoas que estão ao redor de Jesus:

A multidão (2:2,4) – Formada por um grupo heterogênio de pessoas (curiosos, doentes, inimigos e religiosos), em muitos casos ela foi um impedimento para que perdidos chegassem a Jesus. Em Jericó uma multidão que quase impediu Zaqueu de ver Jesus, tentou calar a voz de Bartimeu. Foi um multidão (turba) que prendeu Jesus (Mat.26:47) e foi uma multidão que gritou “CRUCIFICA-O)” (Mat.27). Embora tivesse falado a multidões, muitas vezes Ele se retira do meio delas para lugares solitários, e outras vezes se retira com seus discípulos para ensiná-los (1:37,38). No texto, a multidão constitui-se um impedimento para que o paralítico chegasse até Jesus.

Temos que tomar muito cuidado, pois temos a tendência de atribuir valor aquilo que atrai muita gente, se esse for o nosso critério podemos chegar a conclusão que o importante são os números e não a obediência a Deus.

“O que Deus nos pede é obediência, o crescimento e os resultados estão em suas mãos”

Escribas, Fariseus e doutores da lei (2:6) – Aqueles que mais conheciam a Teologia e estudavam com muita determinação a Lei, eram os que agiam com mais rigor e mais ódio em relação ao mestre. A religião sem vida ao invés de tornar um homem com o coração quebrantado para Deus e para o seu próximo, torna-o com o coração mais duro e mais insensível para a voz de Deus e a necessidade do próximo. Os religiosos se mostraram opositores a Jesus e um obstáculo para a cura de um paralítico. Vejamos algumas características deles que o texto registra:

“...O povo que conhece o seu Deus se tornará forte e fará proezas. Daniel 11:32 ”

Falsos ouvintes (2:6) – Eles “arrazoavam em seu coração”, este arrazoar tem o sentido de censurar, repreender e argüir. Isto mostra quais eram suas reais intenções. Precisamos tomar cuidado para não termos o mesmo tipo de comportamento mediante as pessoas que nos falam e aqueles que estão nos ensinando as Escrituras (Pv.18:13). Infelizmente muitas vezes Deus está desejoso de falar ao nosso coração e tratar de nossas vidas, mas o nosso comportamento como ouvinte é um impedimento para o agir de Deus (Is.59:01,02). Um crente doente é alguém que tem dificuldades para ouvir, e a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rom.10:17).

“Um crente doente tem dificuldades em ouvir a Deus e as necessidades do próximo”

Um Teologia certa, mas uma fé morta (2:6,7) – Eles criam que só Deus poderia perdoar pecados (Êx.34:6,7; Sl.103:12; Is.1:18; Is.43:25; Jer.31:34; Mq.7:19), mas achavam impossível que Jesus o pudesse fazer. Acreditar que Jesus poderia curar um paralítico ou perdoar pecados seria aceitar que JESUS É DEUS. Na verdade o texto apresenta algumas evidências da divindade de Jesus.
Ele leu os pensamentos (Mac.2:8; Mt.17:25; Jo.1:47,48)
Ele perdoou pecados (2:5)
Ele curou doentes (2:10-12)
Ele se chamou de o Filho do Homem (2:10) – Este termo messiânico é usado 14 vezes em Marcos e 80 vezes nos evangelhos.

“Temos que tomar cuidado para nossa vida não ser como a daqueles religiosos, ter uma doutrina do céu com o coração no mundo”

Uma fé que aprisiona e não liberta – Dentro da Teologia judaica, a pessoa que tivesse uma doença como a desse paralítico era alguém que estava trazendo sobre si algum tipo de maldição, ou seja, ele ou alguém de sua família havia cometido um pecado grave e sua enfermidade era uma conseqüência. Entenda cada um é responsável pelos seus próprios pecados (Ez.18:20), eles trazem conseqüências espirituais (Gal.6:7) e podem trazer físicas também (Jo.5:14), mas julgar uma pessoa doente ou que esteja passando por problemas é juízo temerário (Sem fundamento, sem base; infundado) (Mat.7) e isso é ter uma fé que aprisiona e não liberta.

“Precisamos ser o tipo de igreja que prega contra o pecado e proclama a libertação que há em Jesus Cristo”

“Os doutores da lei foram bombardeados com seus próprios petardos (Engenho explosivo, portátil, para destruir obstáculos; bomba). Segundo suas próprias crenças aquele homem não poderia ser curado a menos que lhe fossem perdoados seus pecados. Jesus, então, o curou e , portanto, ele foi perdoado. Isso queria dizer que a reivindicação de Jesus de ser capaz de perdoar pecados deveria ser autêntica. O grupo de doutores da lei deve ter ficado completamente confundido e , o que era pior, enfurecido.”                       
William Barclay

Levando o doente aos pés de Jesus
Alguns homens não se contentam em ver a vida de um paralítico e decidem ajudá-lo. Entenda, ser paralítico naquela época era muito pior do que possa parecer hoje, pois as pessoas acreditavam que ele estava assim porque ou ele ou seus pais pecaram. Ele era alguém que viveria de esmolas, não possuía os recursos de hoje (cadeira de rodas, fisioterapia e medicamentos). Diante de todo esse sofrimento surgem amigos que:

Tem a visão certa – Para a grande maioria das pessoas, o que eles poderiam fazer diante das dificuldades daquele paralítico era dar-lhe esmola. Mas para aqueles homens a visão era: “Jesus pode curá-lo e eu irei levá-lo até o mestre”. Eles enxergaram o que ninguém mais podia enxergar! Alguém já disse que nós só iremos até onde nossa visão alcançar!

“Homens de visão se destacaram dos demais de sua época por que viam o que ninguém mais podia ver”

Em 1958, Paul Yong Cho, teve a visão de plantar uma igreja num bairro pobre de Seul. Essa igreja alargou suas fronteiras e, hoje, é a maior igreja local do mundo com mais de setecentos mil membros.

William Wilberforce teve a Visão de libertar os escravos da Inglaterra em 1789. Dedicou a sua vida a esse causa. Em 1833, quatro dias antes da sua morte, a escravidão foi abolida.

Martin Luther King, em 1963, em pé nos degraus do memorial de Lincoln, em Washington, levantou sua voz diante de uma grande multidão e disse: “Eu tenho um sonho, em que um dia os meus filhos sejam julgados pela dignidade do seu caráter e não pela cor da sua pele”. Esse pastor batista morreu como mártir dessa causa, mas sua visão libertou milhões de negros da segregação racial nos Estados Unidos.

Diante de pessoas que viam o paralítico alguém que sofria por causa do pecado e que a única coisa que lhe ofereciam era esmolas, existiam homens que tiveram a visão da cura e da salvação.

“A NOSSA VISÃO DETERMINA NOSSAS AÇÕES!”

Determinados (2:4) – Não era fácil levar um paralítico tendo uma multidão à frente, mas eles não se deixaram intimidar diante das dificuldades e abriram um buraco no teto para descer o homem.

Estamos aqui em Betesda para plantar uma igreja, em um bairro saturado de uma religião comercial e tem como mensagem a prosperidade terrena. Podemos nos intimidar diante das dificuldades e desistir, ou podemos a cada dificuldade depositarmos mais ainda nossa confiança em Deus e dessa forma sermos mais determinados e perseverantes em levar os enfermos até Jesus. Deus se agrada do homem que é determinado em levar o enfermo, em gritar misericórdia (cego Bartimeu) e em perseverar/permanecer (Jo.15).

“Tu, SENHOR, guardarás em perfeita paz
aquele cujo propósito está firme,
porque em ti confia.
Confiem para sempre no SENHOR,
pois o SENHOR, somente o SENHOR,
é a Rocha eterna.”
Isaías 26:3,4

Criativos – Não podendo entrar pela porta, eles tem a idéia de entrar pelo teto. Isso nos ensina que mediante as dificuldades para levar um doente do corpo/alma para Jesus, precisamos ser perseverantes e criativos. Não podemos mudar a mensagem do evangelho, mas devemos utilizar nossa capacidade de criar para comunicá-la.
Nossa missão é levar pessoas aos pés de Jesus, e para isso precisamos ter a visão certa, ser determinados e criativos.

O que Jesus faz na vida daquele home é maravilhoso, pois Ele perdoa os seus pecados, o cura da enfermidade física, cura das feridas emocionais, devolve a ele sua dignidade (agora ele não iria mais mendigar). Mas foi preciso que houvesse pessoas dispostas a carregá-lo no colo, romper as barreiras e levá-lo até os pés de Jesus. O milagre ficou por conta do Mestre!

O nosso desejo é que Betesda seja uma igreja de homens assim, que tem visão, determinação/perseverança e sejam criativos na missão de levar os perdidos aos pés de Jesus.

Pr Fulvio Santos

A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA

ESTUDOS BETESDA / I CORÍNTIOS / PARTE 15

A Importância da Ressurreição de Jesus


I Coríntios 15

A questão:
A Igreja de Corinto havia se deixado levar pelos conceitos gregos e judaicos (saduceus) a respeito da ressurreição.

Para os gregos a ressurreição era algo intolerável e absurdo, basta lembrar a reação deles quando Paulo discursa em Atenas (At.17:32) e fala sobre a ressurreição de Jesus. Para eles o espírito era essencialmente bom, mas a matéria essencialmente má. O coro era a prisão da alma e não havia nada de bom nele. Com esse pensamento eles se inclinavam para dois extremos: enclausuramento ou licenciosidade. Esse tipo de pensamento ainda hoje é percebido na mentalidade de alguns cristãos, alguns crentes tendem aos extremos quando vive uma vida na gangorra do espiritual e carnal (dualismo).

“Os saduceus, os teólogos liberais de Jerusalém, influenciados pela filosofia grega, não acreditavam na ressurreição do corpo. Paulo, durante sua prisão em Jerusalém, disse ao sinédrio judeu que estava sendo julgado por causa da doutrina da ressurreição dos mortos. “...hoje sou eu julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos” At.23:6; 24:21, com isso houve uma grande dissensão entre os saduceus e seus principais opositores, os fariseus (acreditavam na ressurreição dos mortos).” Pr Hernandes D.Lopes

Os crentes de Corinto acreditavam que Jesus havia ressuscitado, mas não criam na possibilidade de haver outro tipo de ressurreição.

O que Paulo diz?
Diante das dificuldades de entendimento da Igreja de Corinto a respeito da ressurreição dos mortos, Paulo apresenta a eles alguns conceitos fundamentais para a compreensão desta doutrina.

1) A Ressurreição de Jesus é a base da fé cristã
De todas as doutrinas, esta é uma das mais importantes para a compreensão da fé cristã, pois todas as demais coisas que haviam sido feitas por Cristo até a ressurreição, poderiam ser repetidas, mas somente Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. Sem a ressurreição de Jesus, a cruz seria um símbolo de fracasso e não de vitória.

Essa é uma das mais antigas doutrinas da igreja primitiva (vs.1,3), Paulo ensina o que havia aprendido a respeito.

Veja algumas provas da ressurreição de Jesus:
a) A salvação dos coríntios (vs.1,2) – Um morto não poderia salvar ninguém, para que isso ocorresse ele precisaria estar vivo. Eles haviam sido salvos da condenação do pecado porque Cristo havia ressuscitado.

b) As Escrituras (vs.3,4) – Já havia sido profetizado este momento glorioso, quando a cabeça da serpente seria pisada (Gen.3:15).

c) Várias testemunhas viram Jesus ressuscitado (vs.5-11) – O texto vai relacionando: Pedro, Tiago, os doze e outros quinhentas testemunhas. Além é claro de Paulo, um nascido fora do tempo (v.8).

d) Provas morais, emocionais e existenciais – A vida dos discípulos nunca mais foi a mesma depois de presenciar a ressurreição de Cristo, se antes eles estavam trancados, com medo e pensando em voltar a vida cotidiana (Pedro resolveu pescar), depois eles se tornam corajosos e determinados na proclamação das boas novas. De todas as evidências da ressurreição de Jesus, a meu ver esta é a mais impactante, pois a todo o momento vemos pessoas que ao receberem o Cristo ressurreto (vivo) em seu coração, são totalmente mudados em sua natureza.

A ressurreição de Jesus é um fato tão relevante na história cristã que a igreja quando começa a se reunir nas casas para cultuar ao Senhor, o faz no primeiro dia da semana (domingo), exatamente no dia em que Cristo ressuscitou.

2) Se Cristo não ressuscitou...
• Estamos seguindo um Cristo morto, sem vida e poder (vs.13,16) – Seriamos mais uma das muitas religiões que seguem homens que tiveram algum tipo de virtude que os inspiram, mas que não passa disso pois seus corpos estão enterrados e sofreram a decomposição que qualquer um sofre.

É vã a nossa pregação (v.14) - É pura perda de tempo ficar pregando um evangelho quando todos teremos o mesmo fim.

É vã a vossa fé (v.14) – Estaremos fundamento nossa fé em algo vazio, sem vida e sem poder para transformar a vida das pessoas.

Somos falsas testemunhas (v.15) – Tanto os apóstolos como nós estaríamos propagando uma falsa mensagem que levariam muitos ao erro.

Permanecemos em nossos pecados (v.17) – A morte vicária (substitutiva) de Cristo para nos livrar da condenação do pecado não teria valor algum, logo ainda seríamos escravos do pecado.

Os que dormiram em Cristo pereceram (v.18) – Não há qualquer tipo de esperança para a vida do homem após sua morte.

Somos os mais infelizes de todos os homens (v.19) – Toda a nossa esperança vai embora com o fim da ressurreição de Cristo, pois é nesta esperança que cremos. Todos um dia seremos ressuscitados e seremos como Ele é (Fp.3:21).

3) Características do corpo ressurreto
Semeia-se corpo corruptível e ressuscita-se corpo incorruptível (v.42) – Nosso corpo passa por todas as fases de envelhecimento, e consequentemente de adoecimento. O corpo da ressurreição não sofrerá com esse tipo de desgaste que para nós é natural.

Semeia-se corpo em desonra e ressuscita-se corpo glorioso (v.42) – Corpos que tenham algum tipo de deficiência e deformação, serão substituídos por um corpo perfeito e semelhante ao do Senhor.

Semeia-se corpo em fraqueza e ressuscita-se corpo de poder (v.43) – Temos uma limitação de tempo e espaço que nos é imposta, mas o que vemos em Jesus após a sua ressurreição é que ele possuía poderes sobrenaturais.

4) Implicações da ressurreição dos mortos
• Evangelismo – A crença na ressurreição dos mortos deveria despertar em nós um maior interesse no evangelismo dos que estão perdidos sem entregar sua vida ao Senhor Jesus. Precisamos lembrar que no dia final uns vão ressuscitar para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição do juízo (Jo. 5:28,29). Nós choramos quando nossos amigos morrem, mas deveríamos também chorar por aqueles que estão vivos e precisão se arrepender.

• O Sofrimento (vs.30-32)- Paulo declara que se não existe ressurreição dos mortos, porque ele deveria sofrer tanto pelo evangelho? Ele crê que o nosso sofrimento no corpo por amor ao evangelho, gera frutos eternos (II Cor.4:17).

Separação do pecado (vs.33,34) – Se nós cremos na ressurreição dos mortos e no juízo final, então devemos nos separar de todo pecado. Aqui Paulo vai falar sobre as más conversações, sobriedade, justiça e sobre não pecar v.34.

A morte (vs.49-57) – Aquele que crê na ressurreição dos mortos não deve ver a morte como um momento de desespero e sim de transformação vs.51,52. Veja a diferença que há no enterro de um crente para o de alguém que não serve a Jesus, quanto desespero há para aqueles que não depositam sua esperança em Deus.

A doutrina da ressurreição dos mortos é um dos principais conceitos que precisamos ter guardado em nosso coração, pois ainda hoje vemos crentes que a desconhecem e vivem a vida como se estivesse limitada a este mundo. Isso fica bem claro quando fazem suas orações, estão sempre visando alcançar algo para este mundo e muito pouco para a eternidade. Esta doutrina também não deve ficar no campo das idéias, dos conceitos, mas gerar em nós um maior vigor evangelístico, uma disposição de fazer a vontade de Deus ainda que lhe venham sofrimentos, uma busca por santificação e um entendimento correto a respeito da morte.

Que Deus com sua graça nos capacite a entendermos os conceitos da ressurreição de Jesus e a vivermos com a expectativa que um dia Ele voltará e nos encontrará preparados para este encontro.

Princípios Bíblicos
• Filipenses 3:21
• II Coríntios 5:10
• II Coríntios 4:17,18
• Romanos 8:18
• I João 1:7-9

Perguntas
• Você entendeu a doutrina da ressurreição dos mortos?
• Sabe diferenciar ressurreição de reencarnação?
• Quais as questões práticas desta doutrina?

Apologia:
“E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.” V.5

Ceticismo – Desacredita da veracidade da Bíblia e alega que este verso apresenta um erro ao dizer que quem viu Jesus primeiro foi Maria Madalena (Jo.20:14) e não Pedro.

Resposta: O texto não se propõe a trazer uma lista cronológica do evento da ressurreição, além do mais foi relacionado Pedro como testemunha em primeiro lugar e não Maria Madalena, porque na cultura judaica do 1º séc. a mulher não poderia ser relacionada como uma testemunha.

“Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?” v.29

Mormonismo – Cita esta passagem para fundamentar a doutrina do batismo pelos mortos. Todos os seus adeptos têm por obrigação preparar uma genealogia dos parentes já falecidos para que a cerimônia seja realizada.

Resposta: Neste capítulo, Paulo está falando sobre a ressurreição dos mortos. Desde o v.1, vem falando dos irmãos no Senhor e usando os pronomes vós e nós, com exceção do v.29, em que aplica o pronome eles (sujeito oculto): “Que farão (eles) os que se batizam pelos mortos?” Logo se entende que Paulo não falava dos cristãos, a que escrevia, mas de algum grupo religioso ou aos heréticos. Além disso, o batismo pelos mortos não é mencionado em nenhum outro texto bíblico, e formular uma doutrina utilizando apenas um verso é um erro grave.
Pr Fulvio Santos

A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA