Nicolau Von Zinzendorf (1700-1760) foi um nobre crente que exerceu grande influência na história missionária. Quando jovem fundou com outros estudantes o que chamou de “Ordem do Grão de Mostarda”.
Em uma de suas viagens, ao visitar um Museu, viu um quando do Senhor Jesus coroado com espinhos e uma inscrição: “Eu tudo fiz por ti, que fazes tu por mim?” e muito se emocionou. Meditou e chorou por muitos dias sobre tal frase. Após viajar para a Groelândia seu coração tornou-se ainda mais inquieto ao ver que os esquimós da Groelândia não conheciam a Cristo e seu choro aumentou ainda mais.
Algum tempo depois ele encontrou um amigo cristão e lhe fez um convite para ir pregar o Evangelho aos esquimós, dizendo: “Você gostaria de pregar o Evangelho aos esquimós? Mas antes que você me responda, quero que você saiba que você vai sozinho, sem sustento e sem possibilidade de voltar para casa. Você aceita o desafio?”. Aquele homem aceitou o desafio sem pensar duas vezes. A única coisa que fez foi pedir um par de sapatos usados, pois o mesmo estava descalço e seria difícil viajar de tal forma. Na manhã seguinte, ao chegar à casa daquele cristão com o par de sapatos usados que ele havia pedido, Zinzendorf não o encontrou. Ele havia deixado um bilhete dizendo “saí de casa, descalço, antes de o sol nascer. Não posso perder tempo para fazer a obra de Cristo”. Hoje, mais de 95% da população da Groelândia é cristã! E tudo começou porque um homem ousado e comprometido com Jesus respondeu “SIM” ao chamado de Cristo e dedicou-se a pregar o evangelho e salvar vidas.
Nessa época, na Morávia, a Igreja que se originara após a morte de John Huss, estava sendo grandemente perseguida. O conde mandou avisar que se aqueles crentes quisessem, seriam acolhidos em suas terras, na Saxônia. Assim, muitos refugiados morávios conseguiram chegar lá e fundaram, em 1722, uma comunidade que existe até hoje, chamada Herrnhut (“sob o cuidado do Senhor” ou também “montando guarda para o Senhor”). Lá eles se auto-sustentavam. Aprenderam a viver como artesãos e desenvolveram um movimento de oração nas 24 horas do dia, nos sete dias da semana por 100 anos. Pouco tempo depois, aquela comunidade cristã, liderada por Zinzendorf, passou a ter um fortíssimo envolvimento missionário. Vários membros (principalmente jovens), começaram a se sentirem chamados para pregar em lugares distantes.
Além do comprometimento com a oração, eles também eram extremamente comprometidos com a obra missionária. Reconheciam o chamado da Grande Comissão, sabiam que precisavam pregar o Evangelho aos que nada sabiam sobre o Evangelho e entendiam que eram responsáveis por pregar o Evangelho aos perdidos. Assim, no espaço de 20 anos, a igreja dos morávios enviou mais missionários para o mundo do que todas as igrejas protestantes em 200 anos!
Os irmãos morávios, dirigidos por Zinzendorf e outros líderes, enviaram missionários para: Ilhas Virgens (1732); Groenlândia (1733); Suriname (1735); África do Sul (1736); Jamaica (1750); Canadá (1771); Austrália (1850); Tibet (1856); entre outros longínquos lugares.
Nos primeiros 100 anos de atividade (1732 a 1832) os irmãos morávios obtiveram o impressionante número de 40 mil membros, 209 missionários e 41 centros de missões ao redor do mundo! Em 150 anos enviaram 2.158 missionários.
Quando Zinzendorf era questionado sobre o real motivo para tão expressivo e sacrificial movimento missionário, respondia: “estamos indo buscar para o Cordeiro o galardão do seu sacrifício”. Baseado em Isaías 53:11.
Zinzendorf morreu aos 60 anos em Herrnhut, pastoreando até o fim de seus dias. Assim como o Senhor Jesus, foi obediente até a morte para cumprir as Escrituras. O líder morávio procurou seguir o exemplo do Filho de Deus.
Autor Desconhecido
Traduzido por: Francisco Coelho
Fonte: http://www.monergismo.com/