sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O desejo de Deus para os escravos - Paul Washer

EU SENTI NO MEU CORAÇÃO! E DAÍ?

“O coração é enganoso e incurável, mais que todas as coisas; quem pode conhecê-lo?” –
Jeremias 17.9 (Almeida Século 21).

No cenário evangélico contemporâneo, a maior vertente hermenêutica é o “sentismo”, junto com seu irmão, o “pensismo” ou o seu primo, o “achismo”. Para uma boa parte dos crentes, as posições espirituais são tomadas desta maneira: “Eu sinto em eu coração”, ou “Eu penso assim, ó”. Ou, ainda, “Eu acho assim, ó”. É lamentável, profundamente lamentável, que a maior parte dos evangélicos despreze a autoridade das Escrituras e estabeleça seus sentimentos como padrão de conduta. Descrendo da Bíblia, desprezando o Espírito Santo que a inspirou, e crendo num espírito santo (com letras minúsculas) do tamanho delas, que elas confundem com seus sentimentos, procuram afirmar seus pensamentos como sendo os pensamentos de Deus. Elas acham que por crerem em Deus, o que elas pensam foi posto por Deus na mente delas. O neopentecostalismo, com sua anarquia espiritual e desmoralização da Bíblia, é responsável por isto. Eleva palavras de pecadores, que por serem pastores, acham que são divinos, e não podem ser contestados. Eles se consideram uma nova revelação. Como o herege Morris Cerulo, que declarou, certa vez; “Vocês não estão olhando para Morris Cerullo; estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus Cristo”. Blasfemo!

Jeremias seria estigmatizado por esta turma festiva de evangélicos que elevam seus pensamentos pecaminosos à categoria de revelação divina. A turma festiva o chamaria de “tradicional, carnal, sem poder, sem o Espírito Santo”. É o ônus de crer na Bíblia.

“Eu senti no meu coração”. Brada o neopentecostal e o tradicional bobinho. E eu pergunto: “E daí?”. Muita gente cometeu crimes porque sentiu no coração. Quando eu tinha 16 anos senti no meu coração que iria casar com Wanderléia, cantora da Jovem Guarda. Casei com mulher mais bonita, e Wanderléia nem sabe que existo.

O coração (lêb ou lebâb, no hebraico) é, na psicologia dos hebreus, o centro das de decisões, o centro volitivo da pessoa. Mas ele é mau, é pecador, é corrompido. Nós somos pecadores. Quem coloca o que sente no coração como réplica da vontade de Deus, comete um perigoso erro. Isaías 55.8 é bem claro: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.”. Não é o que sentimos. É o que Deus diz. Blasfemam contra o Espírito Santo, recusando sua orientação, aqueles que colocam o que sentem como sendo a voz de Deus. Deus não é do nosso tamanho nem tem a nossa cabeça pecaminosa. Nossos pensamentos devem ser subordinados às Escrituras e avaliados por ela. É a Palavra de Deus que deve ser nosso guia, e não os nossos sentimentos.

“Eu senti no meu coração!”, brada o crente ignorante do valor das Escrituras. E eu pergunto: “E daí? Você não é Deus!”. A questão é outra: “O que a Bíblia diz?”. Ela é que é a Palavra de Deus e não os nossos sentimentos.

MEDITAÇÕES EM JEREMIAS – 10

“NÃO OUVIU NO TEMPO CERTO”

“Falei contigo no tempo da tua prosperidade; mas tu disseste: Não escutarei. Este tem sido o teu procedimento, desde a tua mocidade não ouves a minha voz”  Jeremias 21.25 (Almeida Século 21).

A ruína de Judá era iminente. Nas pregações religiosas, Jeremias era a voz destoante, porque profetas e sacerdotes anunciavam apenas prosperidade. O pregador que hoje disser o que a Bíblia diz, será como Jeremias. Incompreendido, mal visto e recusado. O mundo e desafortunadamente a igreja também querem ouvir coisas boas. Quem quiser ser chamado de medieval e jurássico, fale de pecado. Os pecadores querem apenas satisfazer os desejos de seu coração. Prova disso é que a maior parte das leis hoje aprovadas é para retirar limites do erro, e para colocar limites aos que discordam do erro. Copiando o mundo, a igreja evangélica segue na mesma direção: quer ouvir coisas boas. Se um pastor quiser ser desagradável e perder espaço, chame os crentes ao abandono do pecado e ao compromisso. Eles querem é benção. Esta é a doença da igreja contemporânea: “bênçãotite”. Todo mundo quer ser abençoado. Compromisso, nem falar! Boa parte dos crentes é consumidora espiritual, e a igreja é o estabelecimento comercial. O pastor é o vendedor. Por isso muitos não anunciam todo o conselho de Deus, mas procuram fidelizar clientes, para que estes, satisfeitos, deixem o outro rebanho e venham para o seu. Há igrejas que crescem apenas por tirarem ovelhas de outros rebanhos. Seus batistérios estão secos.

A voz de Deus era bem clara: arrependimento dos pecados e abandono à vontade divina. O povo queria ouvir coisas boas. Estudar Jeremias me enriqueceu muito. Como o mundo e os crentes de hoje se parecem com os ouvintes dele! E me mostrou porque pregadores como Jeremias recebem tantas pedradas de crentes hoje. Ele também recebeu!

O momento atual, quando tudo vai bem, é tempo para ouvir a voz de Deus e consertar a vida com ele. Só havia uma possibilidade de evitar o juízo: a mudança de vida. Mas os falsos profetas anunciavam prosperidade e futuro radioso para os ouvintes. Estes se indignavam contra Jeremias e preferiam os falsos pregadores.

Ouça a voz de Deus! Ela chama à mudança de vida, à conversão, ao abandono de pecados. Não há bênçãos para pecadores rebeldes. Não pense que porque você pagou ou deu uma oferta para o ministério de televisão que lhe massageia o ego, Deus o abençoará. Deus não é corrupto. Não se deixa vender. Ele pede mudança de vida. Sem conversão não há bênçãos; mas apenas juízo. Acerte sua vida com Deus agora, no tempo bom, antes que as coisas piorem!

Há pregadores pecaminosos, corruptos como os dos dias pré-Reforma, que ofereciam perdão em troca de dinheiro. Anunciam um Deus que se deixa subornar por ofertas. Deus quer caráter e vida submissa. Ninguém está autorizado a oferecer carro zero, em nome de Deus. Jesus ofereceu a cruz. E não há prosperidade sem retidão. E é corrompido o crente que procura mais seu bem-estar que a vontade de Deus.

Você é de Cristo? Ame-o, honre-o, sirva-o, gaste-se por ele. Não o confunda com Papai Noel. Procure fazer a vontade de Deus. Se você fizer, tudo se ajeitará. Muito provavelmente você não ficará rico (até mesmo porque Jesus não prometeu isso), mas sua vida terá tanta riqueza espiritual e tanto conteúdo, que o resto será secundário.

Ouça a voz de Deus, conforme sua Palavra a revela. Você se realizará. Ouça agora, porque agora é o tempo certo.

Pr Isaltino Gomes Coelho Filho


 


Paul Washer - Uma Paixão por Deus

ESTUDOS BETESDA / MARCOS / LIÇÃO 7

QUANDO O JUSTO SE ENCONTRA COM O IMUNDO

Mc 1:40-45
Mt 8:1-4
 Lc 5:12-16

Jesus andando pela Galiléia é surpreendido pela presença de um leproso, pois este não tinha autorização legal para estar em uma cidade. O texto bíblico vai dizer que este leproso roga de joelhos a Jesus para que este o cure, e é imediatamente atendido e curado de sua enfermidade. Jesus faz então duas advertências ao homem v.44: Não diga nada a ninguém e vá apresentar-se ao sacerdote para cumprir o que a lei determina.

A história termina dizendo que o homem não se conteve e saiu a contar a todas as pessoas o que Jesus havia feito por ele, o que acabou fazendo com que uma multidão fosse até o mestre com o desejo de também ser curado v.45.

Este é um encontro que serve de analogia sobre a vida de todo pecador que um dia foi liberto das cadeias do pecado. Não é a história somente de um homem sendo curado de sua enfermidade, trata-se da minha e da sua vida e do encontro que tivemos com Jesus. É exatamente o encontro do Justo com o imundo.

“Não é a história somente de um homem sendo curado de sua enfermidade, trata-se da minha e da sua vida, e do encontro que tivemos com Jesus.”

Dividiremos este estudo em duas partes, falaremos das implicações da lepra e o que dizia a lei e posteriormente trataremos de sua aplicação em nossa vida.

A vida de um leproso
LEPRA - Duvida-se que esta palavra nas traduções bíblicas indique a mesma doença que nós hoje conhecemos por lepra ou "mal de Hansen". De fato, "lepra" nas versões da Bíblia traduz o termo hebraico sara'at, que inclui qualquer doença de pele e mesmo manchas em paredes ou roupas (Lv 13-14).

Entendia-se que as pessoas que em sua pele surgisse algum sinal de lepra, estavam sendo julgadas por Deus por algum pecado cometido. Esse pensamento se justificava através da história de Miriã (Num.12:10).

Temendo principalmente o contágio, o doente deveria retirar-se do convívio social e ir viver em uma colônia de leprosos ou em uma caverna. Além disso, deveria carregar em seu pescoço um sino como identificação da doença e sempre que alguém se aproximasse dele, este deveria gritar: Imundo! Imundo.

Todos esses fatores tornavam a dor emocional muito maior que o problema físico. Estar leproso representava o fim da vida para a grande maioria dessas pessoas.

A lepra (hanseníase ou hansenose) que nós hoje conhecemos é uma enfermidade crônica, moderadamente contagiosa, com alterações principalmente na pele e nos nervos periféricos. Primeiros sinais: manchas mais claras na pele que se caracterizam pela "dormência" (insensibilidade à dor, ao frio e ao calor); aos poucos as inflamações nos nervos periféricos vão produzindo deformidades nas extremidades (mãos e pés). Hoje a ciência descobriu vários remédios que curam ou interrompem o processo da doença, sobretudo se a assistência médica for logo procurada. Feito o tratamento adequado a pessoa pode voltar ao seu trabalho e ao convívio familiar, sem perigo nenhum de contágio.

É, pois, um preconceito desumano, destruidor da fraternidade e nada cristão negar emprego ou vaga na escola a um hanseniano, ou, pior ainda, rejeitá-lo do convívio familiar.

A lepra e o pecado
1) Mais profunda que a pele (Lev.13:3) – Não se tratava somente de uma doença da pele, era algo que atingia o sangue, a carne, os ossos e levava o paciente a perder as extremidades do corpo. Da mesma forma é o pecado, não é algo superficial, que não possui implicação sobre questões mais relevantes de sua vida e de sua saúde pessoal e familiar.

”A lepra assim como o pecado, adoece a todo o corpo e altera a sua forma de pensar, sentir e agir.”

2) Causa separações - O impacto social da lepra era ainda maior do que o sofrimento físico, pois a pessoa poderia estar vivendo tranquilamente sua vida e se houvesse alguma indicação de doença, ele deveria procurar o sacerdote que iria dar o diagnóstico. Caso ele estivesse doente ou com sintomas da doença, deveria imediatamente deixar sua família e se dirigir a uma caverna ou a uma colônia de leprosos, fora da cidade. Ele não mais poderia estar no convívio familiar, não poderia ir ao templo e nem a sinagoga. A partir de agora deveria andar com um sino pendurado no pescoço e sempre que alguém descuidadamente se aproximasse dele, deveria gritar: Imundo! Imundo! (Lev.13:45).

Da mesma maneira que a lepra separava as pessoas dos amigos, da família e tira a paz dele, o pecado também separa amigos, familiares e rouba-lhe a paz. Quantas pessoas perderam grandes amigos, esposa, filhos e vivem sem qualquer paz, por terem se envolvido com o pecado! A Bíblia é bem clara em dizer que:

• Todos são pecadores – Rom.3:23; I Jo.1:8
• O salário do pecado é a morte – Rom. 6:23
• Não se deve brincar com o pecado – Gal.6:7,8
• Quem é nascido de Deus não vive na prática do pecado – I Jo.3:7-10; 5:18
• Se confessarmos o nosso pecado a Jesus, somos perdoados – I Jo.1:9
• Pecado confessado e deixado é pecado que Deus não trará a lembrança – Mq.7:19
• Só a rejeição da obra do Espírito Santo não é perdoada – Mt.12:31
• O Espírito Santo é quem convence o homem do seu pecado – Jo.16:8
• Cada um é responsável pelo seu próprio pecado – Ez.18:20

“Da mesma maneira que a lepra separava as pessoas dos amigos, da família e tirava a paz do doente, o pecado também separa amigos, familiares e rouba-lhes a paz.”

3) Tira a sensibilidade – Existiam dois tipos de lepra no período do Novo Testamento:

• Lepra nodular ou tubercular – Este tipo de lepra começa com dores nas juntas e com nódulos avermelhados e escuros na pele. A pele torna-se rugosa e as cartilagens começam a necrosar. Os pés e as mãos ficam ulcerados e o corpo deformado.

• Lepra anestésica – Afetava as extremidades nervosas. A área afetada perdia completamente a sensibilidade. O paciente só descobria que estava doente quando sofria uma queimadura e não sentia dores. Com o avanço da doença, as cartilagens iam sendo necrosadas e o paciente perdia os dedos das mãos e dos pés. A lepra atingia as células nervosas e deixava o doente insensível.

Da mesma forma, encontramos pessoas totalmente insensíveis as questões espirituais e a voz do Espírito Santo. Algumas estão entre nós, e seriam aquelas que mesmo após ouvirem repetidas mensagens o exortando a entregar sua vida a Jesus ou a viver uma vida de santidade, não expressão qualquer movimento de mudança de vida e resposta a Voz de Deus.

4) Deixa marcas – A lepra deixava marcas que iam desde um membro amputado a uma alma ferida pela dor da separação. Assim também é o pecado, observe quantas pessoas carregam marcas em seu corpo, culpa, medo e tristezas, todas causadas pelo pecado.

5) Contamina – Uma das coisas que a lei procurava evitar, era exatamente o contágio de outras pessoas, por isso ela deveria ser afastada imediatamente do seu meio social e só retornar a este depois de um exame feito pelo sacerdote.

Nunca vi alguém receber saúde de outra pessoa através do convívio, mas o pecado é extremamente contagioso e pode sim tornar-se um hábito na vida de alguém que vive com ele. O salmista Davi vai dizer que feliz é o homem que não vive com os escarnecedores Salmo 1. Evidentemente que isso não quer dizer que devamos nos afastar das pessoas que não possuem a mesma fé que a nossa, mas que devemos influenciá-los e não sermos influenciados com o seu estilo de vida. O que observo é que na maioria dos casos os crentes tem se permitido influenciar ao invés do contrário. Paulo vai dizer que um pouco de fermento leveda toda a massa (I Cor.5:6).

6) Torna a pessoa impura – Uma das coisas que o leproso deveria fazer toda vez que alguém se aproximasse dele, era gritar: Imundo! Imundo! Um dos problemas do pecado é que ele traz um senso de justiça própria distorcido. Aqueles que vivem no pecado acreditam que possuem uma vida de justiça e retidão, e que isso o qualifica, o torna aceitável diante de Deus. Mas a Bíblia é bem clara em dizer que nossa justiça é como trapo de imundícia (Is.64:6).

7) Mata – Assim como a lepra levava o homem a morte, o pecado leva o homem a morte espiritual (Rom.6:23) e pode até mesmo levá-lo a morte física

“Portanto precisamos tomar muito cuidado, pois uma vida de pecado denúncia sua filiação e como você vai passar a eternidade”

O que o Justo viu no impuro?
Um homem determinado – O leproso venceu todas as barreiras sociais para ele se aproximar de Jesus! Além disso, ele poderia ter ficado na sua colônia de leprosos ou na sua caverna, se lamentando a cada membro do seu corpo que caía, assim como muitos na mesma situação que ele ficava. Mas sua reação foi levantar e ir até aquele que poderia curá-lo.

“Do versículo 45 entende-se que o miserável leproso forçou a passagem até Jesus no meio de um povoado. Ele simplesmente rompeu a zona de proteção que os sadios se cercaram. Quando ele surgiu, para horror dos circundantes, num piscar de olhos os lugares ficaram vazios. Só Jesus não fugiu. Jesus o deixou aproximar-se. Até aqui se falou que Jesus veio (v.7,9,14,21,24,29,35,38); agora alguém vem a Ele (vs.10,45), demonstrando que entendeu a vinda dele.”
Adolf Pohl

“Deus se agrada de gente assim, que não fica se lamentando dos problemas e do passado, mas assume posição e vai buscar a Jesus, com determinação”

• Humildade – Ele se ajoelhou (1:40), prostrou-se com o rosto em terra (Lc.5:12) e adorou o Senhor (Mt.8:2). Essa é a maneira que devemos ir até Ele, não determinando e nem decretando, mas humildemente como aquele homem foi e agradou ao Mestre. A humildade ou a pobreza de espírito é a porta de entrada do Reino dos Céus (Mt.5:3). Não se vai a Deus com soberba e nem com justiça própria, mas humilde como um homem que depende D’Ele para ter vida.

• Fé v.40 – Ele creu que Jesus podia curá-lo! Precisamos crer que nossas impossibilidades é o exato momento do agir de Deus, pois para Ele não há nada que seja impossível (Lc.1:17). Neste momento não serão os homens que dirão o que é ou não possível, mas Deus é quem dirá! Deus se agrada de um homem de fé (Hb.11:6). Quando vivemos uma vida de ansiedade e insegurança, estamos demonstrando exatamente o contrário.

• Total submissão v.40 – O homem diz: “Se quiser pode curar-me”. Ele roga e não decreta e nem ordena, mas roga ao senhor para curá-lo!

Jesus então:
Demonstra compaixão v.41 – A tradução, segundo William Hendrikson, deste texto seria: “tocado em suas entranhas ou em seu íntimo”. Deus não está ausente e alheio as nossas necessidades, Ele nos vê! (Gen.16:14).

• Toca nele v.41 – Era algo proibido por lei e que por isso tinha sérias implicações. O tocar em morto ou doente traria sobre a pessoa uma séria de obrigações ligadas a sua purificação. Jesus desconsidera tudo aquilo e toca em quem ninguém quer tocar. Esse é o chamado do cristão! Tocar em quem ninguém quer tocar, amar quem ninguém mais ama e levar até ela a mensagem de esperança em Jesus Cristo!

• Com uma palavra Ele ordena a cura vs.41,42 – Todo o Poder e toda Autoridade está em suas mãos e Ele faz aquilo que ninguém mais poderia fazer, curar um leproso. Ainda hoje este Poder e Autoridade lhe pertencem e nós como igreja somos instrumentos em suas mãos para levar a sua mensagem de boas novas.

O convite desse estudo é para que você se aproxime do Justo da mesma maneira que aquele imundo fez, com: humildade, determinado, fé e submissão; pois aquilo que o Justo fez com o imundo ainda hoje pode ser feito.

“Aquele que é rejeitado pelo mundo, torna-se alvo do amor de Deus e um mensageiro do seu amor”

Pr Fulvio Santos

A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA

ESTUDOS BETESDA / I CORÍNTIOS / PARTE 14

Dons de profecia, línguas e a ordem no culto

I Coríntios 14

A questão:
O culto da Igreja de Corinto havia virado uma grande bagunça, muitos irmãos utilizavam esse momento para exibir sua “aparente” espiritualidade através do uso do seu dom. Muitos deles se diziam possuir o dom de falar em línguas e isso trazia um grande orgulho acompanhado de um complexo de superioridade que em nada glorificava a Deus ou edificava a igreja, servia somente para a autopromoção. Este estilo de culto, onde o homem acredita ser a figura central é antibíblico e demoníaco, pois Deus não divide a sua Glória com ninguém (Isaías 42:8). O verdadeiro culto visa três aspectos fundamentais:

• A Glória de Deus;
• Edificação da igreja;
• Incrédulos convencidos de seus pecados.

O que Paulo diz?
Paulo com o objetivo de admoestá-los e ensiná-los sobre o verdadeiro culto cristão, faz uma comparação entre o dom de profecia e o dom de falar em línguas. Divide sua argumentação em três partes, são elas:
• O dom de profecia é superior ao dom de línguas;
• O uso do dom e o testemunho público;
• Questões acerca da ordem do culto.

O dom de profecia é superior ao dom de línguas
O dom de profecia a que Paulo se refere não é igual ao profeta do Antigo Testamento ou do Novo Testamento, pois o que os profetas diziam era a Revelação de Deus ao homem, ou seja, a nossa Bíblia.

O que é então o dom de profecia?
 “Hoje o dom de profecia é a explanação, a exposição, e a explicação fiel da Palavra de Deus conforme está nas Escrituras.” Rev. Hernandes Dias Lopes

Não existe nenhuma possibilidade de hoje haver uma nova Revelação vinda de Deus, qualquer pessoa que acrescentar ou retirar algo da Revelação (Bíblia) é amaldiçoado por Deus (Apoc.22:18-19). Todas as seitas caem neste tipo de erro, somam as Escrituras alguma nova revelação, vejamos alguns exemplos:
• Adventista do Sétimo Dia – A “profetisa” Helen White diz ter recebido uma nova revelação e esta é colocada com o mesmo valor da Bíblia Sagrada.
• Assembléia de Deus de Boston – Pastor Oriel de Jesus diz ter recebido de Deus uma revelação do que está escrito no livro que foi selado em Apocalipse.

Vejamos algumas questões importantes sobre o dom de profecia:
1) Não se trata de uma nova revelação – Diz Billy Graham “Hoje Deus não revela mais verdades novas; a Bíblia tem uma capa definitiva”
2) A Mensagem deve ser provada pela Bíblia – Tudo o que é dito ou ensinado na igreja, deve ser examinado pelas Escrituras, pois ela é nossa Revelação vinda da parte de Deus.
Alguns líderes para justificar seus atos, utilizam-se da expressão “essa é uma revelação que Deus me deu”. Essa dita “revelação” não pode de maneira nenhuma contrariar aos princípios bíblicos.
Um grande problema que tem havido em nosso meio é que muitos líderes não só inventam coisas que não são bíblicas, como também dizem que todos aqueles que não concordam com ele são rebeldes. Isso é uma manipulação da fé e um abuso espiritual que tem ferido a muitas vidas em toda parte. Leia o livro “Feridos em nome de Deus” de Marília Camargo que você terá uma idéia de quantas pessoas tem sofrido com esse tipo de comportamento diabólico.
 Em I Coríntios 14:20 Paulo diz:
“Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos.”
 3) A Mensagem deve glorificar a Deus – No final de uma mensagem as pessoas não devem sair dizendo “Que pregador maravilhoso!”, mas sim “Que Deus maravilhoso!”. Caso saiam glorificando ao pregador ao invés de glorificarem ao Deus Todo Poderoso, estarão adorando a criatura ao invés do Criador.
 4) A Mensagem deve edificar, exortar e consolar a Igreja (I Cor.14:3-5,12,17,26) – Precisamos de equilíbrio na mensagem, ela deve em primeiro lugar apontar para Jesus, assim como fez João Batista ao encontrar o mestre (João 1:29). A mensagem deve também ser bíblica, deve-se falar o que Deus está falando através da Bíblia. Precisa também ter equilíbrio, alguns pregadores caracterizam-se por trazer sempre uma palavra de admoestação e com isso exortam, mas não são capazes de trazer consolo ao cansado. Assim também trazer só mensagens de ânimo seria um grande erro, é preciso falar o que Deus está falando! A Bíblia não deve ser usada como arma para ferir alguém de púlpito, seriam aquelas “mensagens” encomendadas.

“Um verdadeiro profeta se coloca debaixo da instrução e da autoridade das Escrituras.”           Rev. Hernandes Dias Lopes

Vejamos algumas questões importantes sobre o dom de línguas:
1) Antes de tudo, deve existir amor – No capítulo anterior já havia sido tratado essa questão e ensinado que sem amor o uso de qualquer dom é como um “bronze que soa ou como o címbalo que retine”. Neste capítulo o apóstolo já inicia dizendo “Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais.” (V.1), desta forma ele ratifica a idéia de que o amor deve preceder a qualquer manifestação espiritual.
2) Não se fala a homens, senão a Deus (v.2) – O dom de línguas possui uma característica diferenciada dos demais dons, pois ele é um dom de mistério e de relacionamento com Deus. Acontece no âmbito espiritual e não racional, sua linguagem é incompreensível e portanto deve ser tomado cuidado em seu uso, pois pode trazer confusão e não edificação. Na Igreja de Corinto, os crentes estavam fazendo uso desse dom de maneira indiscriminada e de maneira coletiva, o que fazia com que a igreja entrasse em uma grande desordem.

“Falar em línguas não envolve a mente (v.14), dirige-se apenas a Deus e não a outros seres humanos (v.2), reconhecendo-se que é para a edificação do próprio indivíduo (v.4), sendo também inteligível, porque tal pessoa em espírito fala mistérios (v.2).” David Prior

3) Edifica-se a si mesmo (v.4) – Trata-se do único dom em que é dito que seu propósito é para edificação da própria pessoa.
Certa vez um pastor perguntou a um candidato em um concílio qual seria o valor de um dom que edifica a própria pessoa. É muito simples, são dois os motivos:
a) Se Deus deu o dom, creio que é par a edificação e seria uma heresia pensar o contrário do nosso Deus.
b) Um crente edificado será benção em sua igreja!

4) Seu uso na igreja exige cuidados, pois pode causar confusão e não edificar (vs.5-11) – Nestes versos Paulo usa três ilustrações para ensinar sobre o dom de línguas e o seu uso correto, são elas:
• A flauta e a cítara (instrumento de cordas, forma aperfeiçoada da lira) (v.7) – Imagine alguém que não sabe tocar violão, o pegue para tocar durante o momento de louvor de nossa igreja. Ou alguém que nunca pegou em uma flauta e diga que vai ter uma participação especial no culto da noite. Certamente que em ambos os casos será um tragédia, ele até pode tocar mas ninguém vai entender nada e o som irá doer nos ouvidos. Essa é a comparação que Paulo faz quanto ao uso do dom de línguas e o entendimento das pessoas quanto ao seu uso, é uma linguagem direcionada a Deus e não aos homens.
• Trombeta (v.8) – Instrumento usado para convocações do povo e para o comando em batalhas. Imagine se o povo está em guerra e o comandante precise dar uma ordem, através da trombeta, para atacar. Se essa trombeta for tocada por alguém que não sabe tocar, a ordem não será entendida pelo exército e eles correrão risco de perder aquela batalha. Paulo usa essa ilustração para mostrar que nossa linguagem precisa ser compreendida por quem vai ouvi-la.
• Conversa interpessoal (v.9-11) – Experimente ligar para a China e tente somente perguntar as horas, sou capaz de apostar que você não conseguiria nem sequer entender o nome da pessoa que estará falando com você. Essa é mais uma figura que Paulo usa para mostrar a necessidade de se usar no relacionamento interpessoal uma linguagem compreensível.

5) Quem fala em outra língua não compreende o que está falando (vs.13-19) – É necessário que haja um interprete para que se entenda o que esta se falando v.13. A mente de quem fala fica infrutífera v.14, logo o dom de línguas não deve ser usado para pregação, pois a pregação precisa ser entendida por quem ouve. Paulo conclui esta parte dizendo que prefere falar 5 palavras com entendimento a 10.000 em línguas.

O uso do dom e o testemunho público (vs.20-25)
Eles estavam agindo como meninos e crianças (v.23), isso estava trazendo escândalo para a igreja. A Igreja se reunia e todos ao mesmo tempo queriam falar em línguas, isto estava fazendo com que os incrédulos pensassem que eles eram loucos (v.23). Essa prática estava trazendo confusão e não edificação ou reconhecimento do pecado e da necessidade de arrependimento.
Ainda hoje vemos muitos irmãos que ainda pensam que o dom de línguas é sinal de alto nível de espiritualidade e, além disso, fazem uso deste dom da mesma forma que a Igreja de Corinto, ou seja, todos ao mesmo tempo falando em línguas e julgando que isso seja uma atitude de extrema espiritualidade.

Questões acerca da ordem no culto (vs.26-40)
Que tipo de culto agrada a Deus? Alguns diriam que é o culto com músicas sacras e uma atitude mais solene da igreja. Outros ainda diriam que culto para ser culto de verdade precisa ter som alto e muito arrepio na coluna. A Igreja de Corinto acreditava que culto para ser culto precisava ter muitas pessoas falando em língua e ao mesmo tempo. Paulo os repreende, pois sua atitude estava sendo motivo de escândalo! Vejamos o que Paulo diz:
• Faça tudo para edificação (v.26)
• Fale um de cada vez em línguas e isso com interprete (v.27) – Fala a verdade irmão, quantas vezes você já viu alguém falar em línguas e logo depois outro trazer a interpretação do que foi dito?
• Se não há interprete, fique calado (v.28)
• Deus não é de confusão! (v.33)
O dom de línguas não deve ser proibido (v.39) – Se até agora aqueles que não falam em línguas se sentiram bem com toda a admoestação de Paulo, aqui esta o verso que se alguns pudessem já teriam arrancado da Bíblia. Paulo é bem claro em declarar a existência do dom, sua necessidade e portanto sua importância para a igreja.
• Tudo deve ser feito com decência e ordem (v.40)

Querido irmão entenda:
1) O dom de língua é bíblico e contemporâneo – não é pelo uso errado que alguns fazem que nós vamos desmerecê-lo ou condená-lo.
2) Falar em línguas não é uma evidência do Batismo no Espírito Santo – Nós cremos que somos batizados (imergidos) no Espírito Santo no ato da conversão, pois passamos a ser habitação do Espírito Santo de Deus (I Cor.3:16), o que ocorre a partir daí e você deve buscar com todas as suas forças é o Enchimento do Espírito Santo (Efésios 5:18).
3) Não se faz piadinha sobre nenhum dom espiritual – Já vi inúmeras vezes pastores e crentes fazerem piadas a respeito do dom de línguas, quando fazemos isso estamos brincando com algo que pertence a Deus e portanto estamos tomando o nome de Deus em vão.
4) Não se sinta inferiorizado - Caso alguém de alguma igreja evangélica tente inferiorizá-lo por não possuir este dom, entenda que Deus dá a cada um como lhe apraz (I Cor.12:11) e que não existe nenhum dom que todos tenham (I Cor.12:30).
5) Se você possui este dom, procure o seu pastor e converse com ele. - Todos os dons são importantes para o Corpo de Cristo.

Princípios Bíblicos
• Gálatas 1:8-9
• Atos 17:11
• Mateus 22:29
• Daniel 11:32
• I Pedro 4:10-11

Perguntas
• Entendeu o que significa dom de profecia e suas características?
• Entendeu as questões referentes ao dom de línguas?
• Quais são as finalidades do culto?
• O que significa um culto com decência e ordem?
Pr Fulvio Santos

A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DEUS PODE TRANSFORMAR A SUA VIDA!

EU E A MINHA FAMÍLIA SERVIREMOS AO SENHOR

Nos chamamos Anderson Fernandes Coelho (Ferretti) e Bianca Silva Fernandes, somos um casal temente ao Senhor e temos dois lindos filhos: Daniel e Mateus.

Nossa história começou em 1991 e éramos dois jovens apaixonados. Eu nunca havia ouvido a Palavra de Jesus e ele estava afastado da casa do Pai.

Em maio de 1996 nos casamos e naquele ano iniciava um novo plano de Deus para nossas vidas. Eu com 19 anos, já trabalhando como professora e ele jogador profissional, tentando um novo contrato no Rio de Janeiro.

Com todas as dificuldades de um início conjugal, cobranças da família (morávamos com meus pais) e a falta de uma proposta para que se firmasse no Rio de Janeiro, Anderson triste, insatisfeito e desesperado, sem que eu percebesse, estava em depressão. Como resultado de sua condição emocional, se trancou em nosso quarto e com a tesoura perfurou seu corpo 7 vezes e em 7 locais vitais. Ouvindo seus gritos, do lado de fora do quarto, naquele momento tive que tomar uma decisão e levá-lo ao hospital. Naquele instante Deus literalmente tomava o prumo de nossas vidas.

Cheguei a um hospital que não conhecia pelo nome ou localização, e as cinco noites que passamos ali foram marcadas pela presença do Espírito Santo que trabalhava no coração do irmão dele e no meu também.

A cada instante Deus pede que tenhamos uma fé pura, e não cega, uma fé através da qual confiemos Nele totalmente. Através de sua Palavra, Deus revela mais sobre quem Ele é, quais são seus planos, e o que Ele quer de nós. À medida que vamos até Ele para conhecermos, Ele declara “Confie em mim”.

No tempo de Deus nos batizamos juntos e começamos a trabalhar para o Senhor Jesus. Principalmente o perdão, a submissão e a amizade foram uns dos principais sentimentos que Deus trabalhou e brotou em nossa vida.

Quando aceitamos Jesus como nosso Salvador pessoal, o Espírito Santo habitou em nosso coração. Quando entregamos nossas expectativas a Deus e centralizamos nossa atenção no que é bom, a paz tomou conta do nosso coração e do nosso lar.

Temos visto novos objetivos e vivenciamos os mesmo ao pensar, conversar ou testemunhar as experiências que passamos.

Andar pela fé é difícil, mas como Deus que é soberano, sábio e é amor, caminha com a gente, damos graças ao Senhor e dizemos que “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” Josué 24:15.

Os irmãos Ferretti e Bianca possuem dois filhos: Daniel e Mateus.
São membros de nossa igreja e líderes do ministério de oração.

FESTA DAS CRIANÇAS