sábado, 19 de janeiro de 2013

HOMENS QUE INCENDIARAM



HOMENS QUE INCENDIARAM

Não é tão simples falar de homens que viveram ou vivem muito perto de Deus, tendo um relacionamento íntimo com Ele. Isto se dá pelo fato da compreensão deles estar muito além da nossa. Os que compreenderam ou compreendem sobre Deus, Jesus, Espirito Santo e sobre o pecado vai, muita das vezes, além de nosso entendimento. Ao ponto de acharmos que Deus tem filhos prediletos e que, o que ocorreu com estes homens foi naquela época e não se aplica hoje.

Há aproximadamente quinhentos anos, o mundo conheceu e admirou homens que deixaram suas marcas de coragem, determinação, fé, abnegação e amor à obra de Cristo. Hoje, em pleno século XXI, a história e perseverança desses admiráveis servos de Deus continuam vivas e inspirando os corações daqueles que realmente desejam fazer a vontade de Deus.

Sentindo as necessidades dos homens que perecem sem Cristo, os heróis da fé romperam limites, desafiaram os pecados do povo e não se intimidavam com as ameaças dos poderosos da época. Com sermões cheios de unção, milhares de vidas foram impactadas pela fé sobrenatural destes, que tinham em Cristo, o refrigério e força para prosseguirem nessa árdua tarefa de desafiar e combater o pecado em um mundo cada vez mais arraigado no pecado e na maldade.

Muitos crentes ficam satisfeitíssimos por, apenas, escapar da perdição! Eles ignoram "A plenitude do Evangelho de Cristo" (Romanos 15.29). "A vida em abundância" (João 10.10). É muito mais do que ser salvo, como se vê ao ler as biografias.

Jonathan Edwards = Há dois séculos e meio que o mundo fala do famoso sermão: Pecadores nas mãos de um Deus irado e dos ouvintes que se agarravam aos bancos pensando que iam cair no fogo eterno. Esse fato foi, apenas, um dos muitos que aconteceram nas reuniões em que o Espírito Santo desvendava os olhos dos presentes para eles contemplassem as glórias do céu e a realidade do castigo que está bem perto daqueles que estão afastados de Deus. Mas por que isto aconteceu?

John Bunyan = "Caminhando pelo deserto deste mundo, parei num sítio onde Havia uma caverna (a prisão de Bedford): ali deitei-me para descansar. Em breve adormeci e tive um sonho. Vi um homem coberto de andrajos, de pé, e com as costas voltadas para a sua habitação, tendo sobre os ombros uma pesada carga (Pecado) e nas mãos um livro (Bíblia)".

George Whitefield = Mais de 100 mil homens e mulheres rodeavam o pregador, há mais de duzentos anos, em Cambuslang, Escócia. As palavras do sermão, vivificadas pelo Espírito Santo, ouviam-se distintamente em todas as partes que formavam esse mar humano. Difícil é, no vulto da multidão fazer ideia dos 10 mil penitentes que responderam ao apelo para se entregarem ao Salvador. “Havia como um fogo ardente encerrado nos ossos deste pregador”, que era George Whitefield. Ardia nele um zelo santo de ver todas as pessoas libertas da escravidão do pecado. Durante um período de vinte e oito dias fez a incrível façanha de pregar a 10 mil pessoas diariamente. Sua voz se ouvia perfeitamente a mais de um quilômetro de distância, apesar de fraco de físicamente e de sofrer dos pulmões. Príncipe dos pregadores ao ar livre, porque pregava em média dez vezes por semana, e isso fez durante um período de trinta e quatro anos, em grande parte sob o teto construído por Deus:  os céus. 

O primeiro pensamento que deve encher nossos corações é: Deus não tem filhos prediletos e que os avivamentos que lemos e ouvimos podem ocorrer ainda hoje. Por vezes temos a impressão de Deus ter abençoado algumas pessoas mais do que outras (Rm 2.11; At 10.34). Achamos que Deus derrama mais do seu Espírito sobre uns poucos felizardos (Jo 3.34), que Deus derrama a sua benção naqueles que mais merecem (Ef 2.1-10).

O segundo pensamento que precisamos ter é: o que estes homens tinham em comum? É claro que cada um deles tinha uma característica marcante, mas isso não os fazia serem usados poderosamente por Deus. Deus usou homens letrados como Moises e Paulo, e homens leigos como Pedro. Deus falou pela boca de servos que tinham problemas para falar como Moises e homens com boa oratória como os profetas que eram verdadeiros artistas na palavra. Deus usou homens com carisma que cativavam as pessoas e outros que liam seus sermões monotonamente. Deus usou homens ricos e pobres, brancos e negros, bonitos e feios, altos e baixos, gordos e magros. Deus usou homens com vozes fortes e outros com fracas, alguns tinham vozes de locutor e outros causariam irritação aos ouvidos se não fosse a unção sobre eles. Estas características diferem de pessoa para pessoa, sendo assim, o que eles tinham em comum? O que fazia deles homens tão usados por Deus? Qual era o segredo destes homens? É a pergunta que fazemos.

·        Homens cheios do Espírito Santo tem caráter (Sl 15). Caráter é aquilo que você é “no escuro”. O caráter não tem haver como você se mostra perante determinado meio social, tem a ver com os valores e a moral.

 

Caráter é um conjunto de características e traços particulares que caracterizam um indivíduo ou um grupo. É uma qualidade inerente a uma pessoa refletindo o seu modo de ser.

 

O caráter não sofre as influências do meio, uma vez que ele é próprio de cada pessoa. Já a personalidade, o humor e o temperamento podem sofrer alterações em função da adaptação familiar, pedagógica e social do indivíduo.

 

O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade. Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamento.

 

Uma pessoa "sem caráter", geralmente é qualificada como desonesta, pois não apresenta firmeza de princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa "de caráter" é alguém com formação moral sólida e incontestável.

 

O caráter quando é forte, não se deixa levar por alguma proposta de uma via mais fácil para a realização de algo. Mesmo se naquele momento parece ser o melhor caminho a seguir, é o caráter que vai determinar a escolha do indivíduo.

O caráter é modelado através da experiência, cultura, educação e formação familiar e pode ser sempre aperfeiçoado com perseverança e determinação.

 

·         Homens cheios do Espírito Santo tem como base a valorização da família (ITm 3.5). Um homem de Deus sabe que sua primeira função é ser esposo, sua segunda função é ser Pai e se sobrar tempo ele prega. O que adiantaria ganhar o mundo e ver seu filho perdido. Do que valeria salvar milhares de lares e ver seu lar afundando na discórdia.

 

·        Homens cheios do Espírito Santo tem como base de vida o perdão (Mt 18.23-35). O homem cheio do Espírito Santo perdoa o maior dos seus inimigos, pois, se a pessoa não consegue perdoar é porque não nasceu de novo! Se esta pessoa não entendeu o grande perdão de Deus, ela não perdoa, pois não é salva.

 

·        Homens cheios do Espírito Santo tem como base de vida a oração. O que esses homens tinham em comum?  Uma vida de consagração e oração.

Lemos, por exemplo, nos livros da vida de Adoniram Judson que ele foi um homem extraordinário na mão de Deus. Porém em sua preciosa biografia, escrita por um de seus filhos, Eduardo Judson, descobre-se que esse talentoso missionário passava diariamente horas a fio, de noite e de madrugada, em íntima comunhão com Deus, em oração.

 

Jonathas Edward costumava passar treze horas estudando e orando todos os dias; João Wesley considerava a oração a coisa mais importante de sua vida, tanto é, que todo o dia levantava-se religiosamente às 4 horas da manhã; Jorge Whitefield, pregador escocês do século XVIII assim dividia o seu tempo: 8 horas sozinho com Deus; 8 horas para dormir e refeições, 8 horas para trabalho entre o povo; Dwight Lyman Moody, de acordo com biógrafos, após, uma viagem cansativa de trem, chegando ao hotel passava o resto da noite em oração.

Todos os grandes ganhadores de almas através dos séculos foram homens e mulheres incansáveis na oração. Conheço como homens de oração quase todos os pregadores de êxito da geração atual, tanto como os da geração próxima passada, e sei que, igualmente, foram homens de intensa oração.

Se você ora menos de 2 horas por dia você vale menos que um centavo, disse Ravenhill.

Mas como era a oração destes homens.

1.     Sincera – Falar com Deus, afirmando querer fazer muitas coisas, estando na verdade desanimado ou não querendo fazer, é tão ruim quanto não orar.

2.    Fervorosa – orar só para cumprir uma obrigação ou para dizer que passou um tempo falando com Deus é tão ruim quanto blasfemar.

3.    Com Deus – orar sem estar na presença de Deus, é como orar para o “nada”, orar para que suas orações fiquem no teto. É orar de forma vã.

4.    Com intimidade – a oração é a intimidade de um filho com seu Pai celestial.

 

·        Homens cheios do Espírito Santo tem como base de vida a Palavra de Deus (Jo 5.39; Hb 4.12). Ela é seu guia, sua regra, sua prática diária, seu conhecimento, sua inspiração, sua motivação. É da Palavra de Deus que vem o verdadeiro alimento. A Palavra de Deus é a verdade axiomática no coração do crente.

 

·               Homens cheios do Espírito Santo tem como base de vida a fé (Hb 11). Muitos não deixam sua espada – a Bíblia - em casa, mas sua principal arma a fé nunca está em seus corações. A principal arma do cristão é a FÉ.

 

Conclusão

Concluo dizendo que depois de ler e reler várias biografias cuidadosamente, que os “heróis da fé” eram homens comuns sujeitos as mesmas paixões que nós (Tg 5.17). E que não se pode atribuir o êxito de qualquer deles a seus próprios talentos, força de vontade ou esforços. Certamente foi obra de Deus em homens frágeis e simples, homens de oração, cheios do poder do Espírito Santo em seus corações.

Diego Rumão

 

A JESUS CRISTO SEJA TODA HONRA E GLÓRIA!!






Nenhum comentário:

Postar um comentário