Posted: 15 Sep 2013 07:03 AM PDT
Após
a tomada da cidade de Maaloula, um novo capítulo tem sido escrito na situação
de guerra que vive a Síria. De maneira intrigante, a grande mídia silencia
sobre o massacre bárbaro e diário dos cristãos. Enquanto muçulmanos alauitas e
sunitas brigam pelo poder, quem mais sofre são os cristãos.
As forças rebeldes
jihadistas da Síria continuam sua perseguição implacável que deseja eliminar o
cristianismo do país. Enquanto líderes políticos mundiais discutem qual o
melhor caminho para a busca da paz, cristãos são mortos diariamente.
Como em toda guerra,
surgem muitas informações desencontradas, mas entre os relatos existe uma
consistência. As tropas rebeldes, que lutam contra o governo de
Bashar al-Assad, são treinadas pela Al Qaeda e financiadas indiretamente
pelo governo dos EUA. Possivelmente por isso a “grande mídia” deixe a questão
dos cristãos convenientemente de lado.
O fato é que milhares de
pessoas têm morrido ao longo desses dois anos e meio de conflitos étnicos e
religiosos. De maneira quase unânime, quando se fala ou mostra a morte de
soldados leais ao presidente, elas ocorrem por fuzilamento. Quando são cristãos,
a forma padrão parece ser decapitar e expor a cabeça em público.
A conquista de Maaloula
pelos rebeldes foi marcante pois ali vivia uma das mais antigas comunidades
cristãs do mundo, onde ainda se fala o aramaico, língua usada por Jesus .
Situada a 50 quilômetros da capital Damasco, a pequena cidade de 3 mil pessoas
ficou quase deserta. Estima-se que 80% da população, a maioria de cristãos
ortodoxos e católicos, refugiou-se em cidades vizinhas. Mas não sem ver
antes a maioria de suas igrejas e casas serem saqueadas, queimadas e ouvirem a
ameaça que todo aquele que não se converter ao Islã teria a cabeça cortada.
O avanço dos rebeldes na
área foi liderado por Jabhat al-Nusra, ligado a grupos jihadistas islâmicos. A
liderança da Frente de Libertação Qalamon se mudou para a aldeia, agora cerca
de 1.500 soldados de grupos liderados pela Al-Qaeda estão na pequena Maaloula.
A tomada da aldeia
enviou duas fortes mensagens ao mundo: os rebeldes estão mais próximos que
nunca de tomarem a capital e os rebeldes extremistas muçulmanos tentarão
eliminar os cristãos da Síria.
Muitos dos habitantes
que ficaram estão experimentando o horror diariamente. Segundo o site Sky News,
da Inglaterra, esta semana três cristãos foram mortos em praça pública e seu
enterro se transformou em uma verdadeira passeata de protesto. A grande
concentração foi na parte antiga da cidade, que segundo a tradição foi onde o
apóstolo Paulo parava em suas viagens até Damasco. O cortejo foi até a igreja
ortodoxa Zaytoun, onde fizeram o culto fúnebre. Enquanto os sinos badalavam,
partiram para o cemitério.
Mulheres vestidas de
negro jogavam grãos de arroz no ar, uma forma tradicional de demonstrar luto.
Um pequeno grupo tocava tambores e, em meio ao choro se ouviam gritos.
Uma mulher perguntava: “É isso que vocês chamam de democracia… isso é o que o
governo quer?”, enquanto um homem fazia gestos obscenos e gritava palavrões
contra o presidente Obama e o premiê inglês David Cameron.
Hoje, outras imagens
chocantes correram o mundo. São da cidade de Keferghan, onde quatro
jovens cristãos foram decapitados publicamente. Um fotógrafo que não quer se
identificar, fez imagens que foram publicados pelo site da revista Time. Embora
a revista não confirme, outras fontes alegam que o que motivou a morte deles
foi sua fé.
Ele fez uma narrativa
breve, mas chocante, do que presenciou:
“Eu vi uma cena de
crueldade absoluta: um ser humano sendo tratado de uma maneira que nenhum ser
humano jamais deveria ser tratado… Eu não sei quantos anos a vítima tinha, mas
era jovem. Eles o forçaram a ficar de joelhos. Os rebeldes ao seu
redor liam os seus ‘crimes’ listados em um pedaço de papel. Eles o
cercaram. O jovem estava com as mãos atadas. Ele parecia congelado. Dois
rebeldes sussurraram algo em seu ouvido e o jovem respondeu de uma forma
inocente e triste, mas eu não conseguia entender o que ele disse… No momento da
execução, os rebeldes agarraram sua garganta. O jovem reagiu, mas três ou
quatro rebeldes conseguiram imobilizá-lo. Ele tentou proteger a garganta com as
mãos, que ainda estavam amarradas. Tentou resistir, mas os rebeldes eram mais
fortes e cortaram sua garganta. Depois, levantaram a cabeça. As pessoas
aplaudiram. Todo mundo estava feliz porque a execução aconteceu”.
Muitos estudiosos das
profecias cristãos e muçulmanos acreditam que a s segunda vinda de Jesus
está ligada à cidade de Damasco, capital da Síria. A crescente ameaça de guerra
dos sírios contra outros países gerou uma série de análises nesse sentido.
Em comum entre as
previsões está o iminente retorno de Cristo. Da parte dos cristãos, alguns
apontam para Isaías 17:1. Para alguns, pode ser um prenúncio do Armagedom, a batalha final.
Entre os sírios
prevalece a tristeza pelos milhares de mortos e feridos, mas para milhares
deles a esperança na vida eterna se fortalece. As agências cristãs têm
oferecido ajuda material, emocional e, acima de tudo, espiritual para os
refugiados nos países vizinhos. Milhares de muçulmanos estão ouvindo o
evangelho livremente, alguns pela primeira vez na vida. Existem muitos testemunhos de conversões.
Assista (imagens
fortes):
Os horríveis ataques
contra ortodoxos, maronitas e católicos são justificados pelo apelido de
“cruzados” que receberam dos soldados rebeldes. Moradores que fugiram da
pequena cidade de Maalula contaram a jornalistas da agência France Press que
desde que os jihadistas invadiram a cidade, na semana passada, estão forçando
as pessoas a se converter ao islamismo.
“Eles chegaram à nossa
cidade ao amanhecer… gritavam: ‘Nós somos da Frente Al-Nusra e viemos tornar a
vida miserável para os cruzados”, disse uma mulher identificada como Marie que
agora está refugiada na capital Damasco. O termo “cruzados” remete aos soldados
cristãos que participaram das Cruzadas que tentaram retomar Jerusalém das mãos
dos árabes na Idade Média.
Uma das comunidades
cristãs mais antigas do mundo, Maalula se tornou um símbolo internacional por
seu valor estratégico na ameaça de tomada da capital, que marcaria a derrota do
regime de Bashar Al-Asaad. A pequena cidade vivia em harmonia religiosa há
séculos. No verão, a população é de 4.500 pessoas, dentre elas cerca de 3.000,
na maioria cristãos, vêm de Damasco e de outros países. Já no inverno a
população fica reduzida a duas mil pessoas, e então os muçulmanos são a
maioria.
Marie estava entre as
centenas de outros cristãos que participaram do enterro de cristãos que acabou se
tornando uma marcha de protesto contra os invasores patrocinados
pela Al Qaeda. O movimento enfureceu ainda mais alguns líderes dos rebeldes que
ocupam a cidade.
Adnan Nasrallah, 62,
conta que uma explosão destruiu parte de uma igreja perto de sua casa. “Eu vi
pessoas usando faixas da Al-Nusra na cabeça que começaram a atirar nas cruzes.
Um dos atiradores, colocou uma pistola na cabeça do meu vizinho e obrigou-o a
se converter ao Islã, obrigando-o a repetir que só Alá é Deus e Maomé o único
profeta… Depois, ele disse aos outros soldados: Este é um dos nossos agora”.
Nasrallah disse que
quando os rebeldes chegaram à cidade, muitos de seus vizinhos muçulmanos se
alegraram, mas nem todos.
Outra moradora de
Maalula, a jovem Rasha conta que os jihadistas assassinaram brutalmente seu
noivo Atef e outros cristãos da cidade.
“Liguei para o celular e
um deles respondeu: Bom dia. Somos do Exército Livre da Síria. Você sabia que
seu noivo era um membro que apoiava o regime [do presidente] e por isso tivemos
de cortar a garganta dele?”
Enquanto Rasha ainda
tentava entender o que estava acontecendo, o homem contou sarcasticamente que
Atef foi “convidado” a renunciar sua fé e se converter ao islamismo, mas se
recusou. “Jesus não veio para salvá-lo”, finalizou o rebelde.
Missão
Portas Abertas cria campanha para promover ajuda aos cristãos sírios:
Fontes:
Gospel Prime
Gospel Prime
Christian Post
Apoie Síria
enviado por: http://perolasdoevangelho.blogspot.com.br/
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