segunda-feira, 15 de julho de 2013

DE PASTOR PARA PASTORES....

Pois bem.  Se houvesse de iniciar hoje meu ministério pastoral,

1)    Só começaria com a mesma certeza da vocação divina que senti em 1960.

2)   Só começaria para entregar-me de corpo e alma ao serviço do Senhor.

3)               Só começaria com o foco de minha atenção voltado para a igreja local, sem perder de vista a denominação a que pertenço eo povo de Deus de que sou parte.

4)   Se começasse hoje, procuraria aproximar-me de obreiros mais experientes que me pudessem mentorear no ministério e aconselhar-me em áreas mais críticas ou de minhas maiores deficiências.

5)   Se começasse hoje, não seria centralizador na administração eclesiástica e, portanto, delegaria mais.

6)   Se começasse hoje, daria prioridade um às pessoas, e não aos programas.

7)   Se hoje tivesse começado o ministério, seria mais paciente e longânimo.

8)   Se tivesse de começar hoje, não seria, portanto, como um trator a atropelar os que se detivessem no caminho de minha visão pastoral e eclesiástica; procuraria pastorear como “não tendo domínio sobre o rebanho de Deus”, não com a força das mãos, mas com o poder do exemplo.

9)   Se começasse hoje, teria mais diálogo com meus companheiros de ministério e meus colegas; diálogo menos dialético, e mais diálogo.

10)                Se houvesse de começar hoje o ministério pastoral, manteria o propósito de muito cuidado com o criticar as pessoas, especialmente ao ocupar o púlpito.

11) Se começasse hoje o ministério pastoral, cooperaria com a denominação, porém com o cuidado necessário para não prejudicar a igreja e privá-la de minha presença.

12)                Se tivesse de começar hoje, daria mais oportunidade a que outros pregassem em meu púlpito, não me julgando o único com o dom da palavra.

13)                Se começasse hoje o ministério pastoral, teria mais bom humor, mais alegria, ao falar e relacionar-me com o meu rebanho.

14)                Se começasse hoje, daria mais atenção à esposa e aos filhos, de modo a cuidar com equilíbrio dos deveres pastorais e dos relacionados com a família.

15)                Se começasse hoje meu ministério, gozaria sempre um mês inteiro de férias por ano.  Errei, neste sentido.

16)                Se houvesse de começar hoje meu ministério, teria menos ansiedade, e descansaria mais no Senhor, conquanto mantivesse minhas mãos sempre ocupadas.

17)                Se começasse hoje meu ministério, cuidaria para que minha vida devocional não fosse empobrecida e prejudicada pelo excesso de trabalho na passarela do ministério.

18)                Se começasse hoje, procuraria conhecer muito bem o meu povo, a comunidade em que estivesse inserido e o mundo, suas carências e desafios.

19)                Se começasse hoje o meu ministério, procuraria conhecer muito a Palavra de Deus, para ensiná-la e pregá-la; e, mais ainda, o Deus da Palavra, para anunciar com unção a mensagem de que o meu povo precisasse.
20)               Se começasse hoje meu ministério, estaria aberto às novas visões e modelos de igrejas e ministérios, e pronto a procurar novos conhecimentos, mas com o extremo cuidado e busca do discernimento do Espírito para selecionar e utilizar esses mesmos conhecimentos, tendo sempre por fundamento inarredável a Palavra de Deus, e Jesus Cristo como cento de minha fé, minha pregação, meu ensino, minha esperança.

Conclusão:
Não vou começar hoje o meu ministério.
Meus colegas estão a começar.
E devem fazê-lo com todo cuidado, sabedoria e discernimento, sem medo de ousar.
Li em Nova Iorque, na última vez em que lá estive, as seguintes palavras:
“Não tema empreender.  Foram amadores os construtores da arca, e profissionais os construtores do Titanic”.
Sabemos que o Noé não fez cursos em estaleiros de construção naval.  Humilde e diligente, seguiu, no tentando, as instruções de Deus quanto aos materiais, às medidas, aos compartimentos e a todos os pormenores do barco que havia de construir.
         Seu barco ficou pronto, abrigou toda a família e aos animais também a ele destinados, e conduziu todos, salvos do dilúvio, por longos dias e sobre grandes águas, vindo a ancorar nos montes de Ararat.
         O Titanic, por sua vez, havido como navio que jamais afundaria, a respeito do qual se propalou orgulhosamente que nem Deus o afundaria, que tinha em seu casco, segundo dizem, as palavras “No God” (nenhum Deus, não há Deus), soçobrou fragorosamente.  Porque foi construído e manejado sem o temor e as instruções de Deus.
         Que nosso ministério seja arca abençoadora para a família humana, mas sempre construído e dirigido segundo as instruções e a vontade de Deus.
Pr Irland Pereira de Azevedo

Livro: De: Pastor - para: Pastores (JUERP) 

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