Pois
bem. Se houvesse de iniciar hoje meu
ministério pastoral,
1) Só começaria com a mesma
certeza da vocação divina que senti em 1960.
2) Só começaria para
entregar-me de corpo e alma ao serviço do Senhor.
3)
Só
começaria com o foco de minha atenção voltado para a igreja local, sem perder
de vista a denominação a que pertenço eo povo de Deus de que sou parte.
4) Se começasse hoje,
procuraria aproximar-me de obreiros mais experientes que me pudessem mentorear
no ministério e aconselhar-me em áreas mais críticas ou de minhas maiores
deficiências.
5) Se começasse hoje, não
seria centralizador na administração eclesiástica e, portanto, delegaria mais.
6) Se começasse hoje, daria
prioridade um às pessoas, e não aos programas.
7) Se hoje tivesse começado o
ministério, seria mais paciente e longânimo.
8) Se tivesse de começar
hoje, não seria, portanto, como um trator a atropelar os que se detivessem no
caminho de minha visão pastoral e eclesiástica; procuraria pastorear como “não
tendo domínio sobre o rebanho de Deus”, não com a força das mãos, mas com o poder
do exemplo.
9) Se começasse hoje, teria
mais diálogo com meus companheiros de ministério e meus colegas; diálogo menos
dialético, e mais diálogo.
10)
Se
houvesse de começar hoje o ministério pastoral, manteria o propósito de muito
cuidado com o criticar as pessoas, especialmente ao ocupar o púlpito.
11) Se começasse hoje o
ministério pastoral, cooperaria com a denominação, porém com o cuidado
necessário para não prejudicar a igreja e privá-la de minha presença.
12)
Se
tivesse de começar hoje, daria mais oportunidade a que outros pregassem em meu
púlpito, não me julgando o único com o dom da palavra.
13)
Se
começasse hoje o ministério pastoral, teria mais bom humor, mais alegria, ao
falar e relacionar-me com o meu rebanho.
14)
Se
começasse hoje, daria mais atenção à esposa e aos filhos, de modo a cuidar com
equilíbrio dos deveres pastorais e dos relacionados com a família.
15)
Se
começasse hoje meu ministério, gozaria sempre um mês inteiro de férias por
ano. Errei, neste sentido.
16)
Se
houvesse de começar hoje meu ministério, teria menos ansiedade, e descansaria
mais no Senhor, conquanto mantivesse minhas mãos sempre ocupadas.
17)
Se
começasse hoje meu ministério, cuidaria para que minha vida devocional não
fosse empobrecida e prejudicada pelo excesso de trabalho na passarela do
ministério.
18)
Se
começasse hoje, procuraria conhecer muito bem o meu povo, a comunidade em que
estivesse inserido e o mundo, suas carências e desafios.
19)
Se
começasse hoje o meu ministério, procuraria conhecer muito a Palavra de Deus,
para ensiná-la e pregá-la; e, mais ainda, o Deus da Palavra, para anunciar com
unção a mensagem de que o meu povo precisasse.
20)
Se
começasse hoje meu ministério, estaria aberto às novas visões e modelos de
igrejas e ministérios, e pronto a procurar novos conhecimentos, mas com o
extremo cuidado e busca do discernimento do Espírito para selecionar e utilizar
esses mesmos conhecimentos, tendo sempre por fundamento inarredável a Palavra
de Deus, e Jesus Cristo como cento de minha fé, minha pregação, meu ensino,
minha esperança.
Conclusão:
Não vou começar hoje o meu ministério.
Meus colegas estão a começar.
E devem fazê-lo com todo cuidado, sabedoria e
discernimento, sem medo de ousar.
Li em Nova Iorque, na última vez em que lá estive,
as seguintes palavras:
“Não tema
empreender. Foram amadores os
construtores da arca, e profissionais os construtores do Titanic”.
Sabemos que o Noé não fez cursos em estaleiros de
construção naval. Humilde e diligente,
seguiu, no tentando, as instruções de Deus quanto aos materiais, às medidas,
aos compartimentos e a todos os pormenores do barco que havia de construir.
Seu
barco ficou pronto, abrigou toda a família e aos animais também a ele
destinados, e conduziu todos, salvos do dilúvio, por longos dias e sobre
grandes águas, vindo a ancorar nos montes de Ararat.
O
Titanic, por sua vez, havido como navio que jamais afundaria, a respeito do
qual se propalou orgulhosamente que nem Deus o afundaria, que tinha em seu
casco, segundo dizem, as palavras “No God” (nenhum Deus, não há Deus), soçobrou
fragorosamente. Porque foi construído e
manejado sem o temor e as instruções de Deus.
Que
nosso ministério seja arca abençoadora para a família humana, mas sempre
construído e dirigido segundo as instruções e a vontade de Deus.
Pr Irland
Pereira de Azevedo
Livro: De:
Pastor - para: Pastores (JUERP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário